PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS

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Página dos Provérbios

V/Z1

Vá a corda trás o caldeirão.

Vá o rio por onde vão as águas.

Vá onde puder, morra onde dever.

Vá pentear macacos.

Vá-se o diabo para o diabo, venha Maria para casa.

Vaca, bem cozida e mal assada.

Vaca de rodeio não tem touro certo.

Vaca de vilão, se no inverno dá leite, melhor o dá no verão.

Vaca do monte não tem boi certo.

Vaca e órgãos, nunca enfada.

Vaca parida não come longe.

Vaca que não come com os bois, ou comeu antes, ou comerá depois.

Vaca sabe quanto vale o rabo logo que lho cortam.

Vaca triste e pançuda não presta e não muda.

Vaca velha parece que nunca foi bezerra.

Vai a corda trás o caldeirão.

Vai a moça ao rio, conta o seu e o do vizinho.

Vai às duras, e eu às maduras.

Vai como vai, e não como deve.

Vai daqui, ganho, não me dês perda.

Vai daqui, ganho, que me dás perda.

Vai e vem quem de seu tem.

Vai el-rei até onde pode, e não onde quer.

Vai grande diferença do vivo ao pintado.

Vai muito de uma coisa a outra.

Vai muito do dizer ao fazer.

Vai muito do vivo ao pintado.

Vai o fumo para o mais formoso.

Vai onde puderes, morre onde deveres.

Vai procurar tua rodilha onde quebrou teu pote.

Vai-se o bem para o bem, e as abelhas para o mel.

Vai-se o bem para o bem, e o mal para quem o tem.

Vai-se o comido pelo serviço.

Vai-se o diabo para o diabo, venha Maria para casa.

Vai-se o perigo, volta a presunção.

Vai-se o tempo como o vento.

Vai-se um amor e vem outro.

Vai-te com Deus e São Miguel com as almas.

Vai-te, feira, e eu sem capa.

Vai-te queixar ao bispo!

Vai ver se estou na esquina!

Vai ver se eu estou ali na esquina!

Vaidade das vaidades, tudo é vaidade.

Vaidade de pobre é defeito, e de rico é enfeite.

Vaidade de rico é recurso de pobre.

Vaidade em cima, nulidade em baixo.

Vais apagar incêndio?

Vais salvar teu pai da forca?

Vais-te, feira, e eu sem capa.

Vale a lei o que quer o rei.

Vale este homem o dinheiro que pesa.

Vale este homem quanto pesa.

Vale mais a boa ação que a oração.

Vale mais a mecha que o sebo.

Vale mais a nação que a criação.

Vale mais crédito que dinheiro.

Vale mais escorregar com os pés que com a língua.

Vale mais geração do que educação.

Vale mais lavrar o nosso ao longe que o alheio ao perto.

Vale mais nada dizer do que dizer nadas.

Vale mais não vender que perder.

Vale mais no farelo que na farinha.

Vale mais o corrido que o lido.

Vale mais o feito calado que o por fazer falado.

Vale mais pão duro que figo maduro.

Vale mais passar de burro a cavalo que de cavalo a burro.

Vale mais pedir que furtar.

Vale mais prevenir que remediar.

Vale mais ser invejado que lastimado.

Vale mais ser o artífice da sua fortuna que o ser obra dela.

Vale mais ser pássaro do campo que de gaiola.

Vale mais um bem fiz eu, do que um se eu soubera.

Vale mais um bom mandador que um bom trabalhador.

Vale mais um burro que nos leve que cavalo que nos derrube.

Vale mais um inimigo que nos avisa do que o amigo reservado.

Vale mais um sim tardio que um não vazio.

Vale mais uma hora de ciência do que cem de ignorância.

Vale mais uma hora de sábio que a vida inteira de tolo.

Vale mais uma onça de cautela que uma arroba de botica.

Vale mais uma perna sã que duas muletas.

Vale mais uma sardinha com paz do que uma galinha com guerra.

Vale quanto pesa, ou pesa quanto vale.

Vale quem tem.

Vale tanto como o adulador quem aceita a adulação.

Valentão não morre de velho.

Valentes e vinho bom duram pouco.

Valentia não é privilégio.

Valha-me, meu Santo Antoninho.

Valha-me Nossa Senhora.

Valha-nos São Silvestre e a camisa que ele veste.

Valha-te a eira má.

Vamos em frente, que atrás vem gente.

Vamos para frente, que atrás vem gente.

Vamos ver quem tem garrafas vazias para vender.

Vampiro não se dá em gaiola.

Vão à missa os sapateiros, rogam a Deus que morram os carniceiros.

Vão as leis onde querem os reis.

Vão de orelha é perigoso.

Vão os bons, ficam os ruins.

Vão os pés aonde manda o coração.

Vão-se os amores e ficam as dores.

Vão-se os anéis e ficam os dedos

Vão-se os anéis e fiquem os dedos.

Vão-se os anéis, mas ficam os dedos.

Vão-se os anéis, mas fiquem os dedos.

Vão-se os bons, ficam os ruins.

Vão-se os dias maus e vão-se os bons, e ficam filhos e netos de ruins avós.

Vão-se os dias maus e vão-se os bons; ficam os maus netos de ruins avós.

Vão-se os gatos, e estendem-se os ratos.

Vão-se os gatos, folgam os ratos.

Vão-se os gatos, passeiam os ratos.

Vão-se uns, vêm outros.

Vaqueiro novo faz o gado desconfiado.

Vás onde vás, com quais te achares, tal te farás.

Vasilha quebrada dura muito.

Vasilha ruim não se quebra.

Vaso feio não quebra.

Vaso mau nunca quebra.

Vaso novo primeiro bebe que seu dono.

Vaso ruim não quebra.

Vaso ruim não tem quebra.

Vassoura nova é que varre bem.

Vassoura nova é que varre melhor.

Vassoura nova sempre varre bem.

Vassoura nova varre bem.

Vassoura nova varre direito.

Vassouras novas varrem bem.

Vê a quais agradas, não a quantos.

Vê bem que ates e desates.

Vê de perto, para contar o certo.

Vê em quem pisas na subida, porque irás encontrá-los na descida.

Vê-lo com os olhos e comê-lo com a testa.

Vê o mar e sê na terra.

Vê-se com prazer a cara do amigo e os pés do inimigo.

Vê-se na adversidade o que vale a amizade.

Vê se não é de mui alto que tua mulher te manda cair.

Vê-se pela aragem quem vai na carruagem.

Vê um dia do discreto e não toda a vida do néscio.

Veado e caça, quem porfia, a mata, e não besteiro cansado.

Veda ao tolo o que queres que ele faça.

Vêem os olhos o que o coração deseja.

Veio Deus a ver, sem companhia.

Veja de perto, para contar o certo.

Velas demais queimam o altar.

Velha experimentada por água vai arregaçada.

Velha gaiteira não falta a uma feira.

Velha galinha faz gorda a cozinha.

Velha madeira, vinho velho, velhos amigos e velhos livros.

Velhaco de cinqüenta e cinco costados.

Velhaco não engana velhaco.

Velhice de pimenta, engelhada e negra.

Velhice é doença.

Velhice é mal desejado.

Velhice, segunda meninice.

Velho amador, inverno com flor.

Velho amador, inverno em flor.

Velho apaixonado, com pouco está casado.

Velho casado com moça de poucos anos, corno temos.

Velho com amor, inverno em flor.

Velho com amor, morte em redor.

Velho é bananeira que já deu cacho.

Velho é Pedro, para cabreiro.

Velho é trapo.

Velho enamorado, cedo enterrado.

Velho gaiteiro, velho menino.

Velho na sua terra e o moço na alheia sempre mentem de uma maneira.

Velho namorado, cedo enterrado.

Velho não se senta sem "ui!", nem se levanta sem "ai!".

Velho que de si cura, cem anos dura.

Velho que não adivinha, não vale uma sardinha.

Velho que não anda, desanda.

Velho que se cura, cem anos dura.

Velho recém-casado, reza-lhe por finado.

Velho, só vinho, ouro e conselho, e novo, só moça, hortaliça e ovo.

Velhos amigos e contas novas.

Velhos são os trapos.

Vem a ventura a quem a procura.

Vêm as glórias, vão-se as memórias.

Vem fácil, vai fácil.

Vem mais apressado o perigo desprezado.

Vem-me o mal que me sói vir: depois de farto, me ponho a dormir.

Vem-me o mal que me sói vir, que depois que me farto, me deito a dormir.

Vem o demo de fora e enxota as galinhas de casa.

Vêm os golpes, vão-se os amores.

Vem teu inimigo humilhado? Guarda-te dele como do diabo.

Vem ventura e dura.

Vemos um argueiro no olho do vizinho e não vemos uma trave no nosso.

Vence quem se vence.

Vencei o mal com o bem.

Vencer a língua é mais que vencer arraiais.

Vencer a si é mais que vencer o mundo.

Vencer a si mesmo é mais que vencer o mundo.

Vencer ou morrer.

Vencer-se a si é mais que vencer o mundo.

Vencer a si mesmo é mais do que vencer o mundo.

Vencer sem luta é triunfar sem glória.

Vencer sem perigo é triunfar sem glória.

Venda seu peixe, que eu depois vendo o meu.

Vendamos os bois, vamos todos os dois.

Vende a esposado e compra a enforcado.

Vende a própria vontade quem recebe alheio benefício.

Vende em casa e compra em feira, se queres sair da lazeira.

Vende público e compra secreto.

Vender a pele do lobo antes de o matar.

Vender a pele do urso antes de o ter morto.

Vender de contado, comprar fiado.

Vender em casa, comprar na feira.

Vender gato por lebre.

Vender mel a quem o queira.

Vender mel ao colmeeiro.

Vender o peixe.

Vender que nem banana.

Vender que nem banana em fim de feira.

Vender siso a Catão.

Vendo o peixe pelo preço por que comprei.

Venha minha nora, mas venha cada dia e não cada hora.

Venha o diabo e escolha.

G