PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS
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Dá a teu filho bom nome e bom ofício.
Dá a unhada e esconde a mão.
Da abundância do coração fala a boca.
Da abundância vem o fastio.
Da abundância vem o tédio.
Da águia não nascem pombas.
Da água mansa livre-nos Deus.
Da água mansa me livre Deus, que da brava me livrarei eu.
Da água mansa te guarda, que da rija Deus te apartará.
Da água mansa te guarda, que da rija ela te apartará.
Dá ao gato o que há de levar o rato.
Dá ao gato o que o rato tem de levar.
Da árvore caída todos fazem lenha.
Da barriga puxa o boi.
Da boca das crianças sai a verdade.
Da burra que faz “him” e da mulher que sabe latim, livra-me tu e a mim.
Da carne faz o guisado; das peles guisa o engano.
Da casa do gato não sai o rato farto.
Da casta vem ao galgo ter uma longa cauda.
Da cintura para baixo não há mulher feia.
Da colher à boca se perde a sopa.
Da demanda te guarda em que fores parte.
Dá Deus a roupa conforme o frio.
Dá Deus amêndoas a quem não tem dentes.
Dá Deus asas à formiga para se perder mais asinha.
Dá Deus na eira, e tolhe-o Maria na maceira.
Dá Deus nozes a quem não tem dentes.
Dá Deus nozes a quem não tem dentes, e dentes a quem não tem nozes.
Dá Deus o frio conforme a roupa.
Dá Deus o frio conforme o cobertor.
Da discussão nasce a luz.
Dá duas vezes aquele que dá depressa.
Dá duas vezes quem dá logo.
Dá duas vezes quem dá sem demora.
Dá duas vezes quem de pronto dá.
Dá e tem, e farás bem.
Dá fala ao advogado o dinheiro de contado.
Da feia e da formosa, a mais proveitosa.
Da festa, o melhor é a véspera.
Da fome, da peste e da guerra, e do bispo da nossa terra libera nos, Dómine.
Da galinha, a preta; da pata, a parda; da mulher, a sarda.
Da garganta para baixo, tanto sabe a galinha como a sardinha.
Da grossura da terra, vicejam os enxertos.
Da guerra, a paz; da paz, a abundância; da abundância, o ócio; do ócio, a malícia; da malícia, a guerra.
Da guerra o dano vem cedo, e tarde o proveito.
Dá honra a quem a tem.
Da ignorância ao saber escondido, pouco dista.
Da ignorância vista ao saber escondido, pouco dista.
Da justiça o pobre só conhece os castigos.
Da laranja e da mulher, o que ela der.
Da laranja e da mulher, o que ela quiser.
Da laranja, o que quiseres; da lima, o que puderes; do limão, o que tiveres.
Da má companhia, guarda-te de ser autor ou parte.
Da má mãe nascem más filhas.
Da má mulher te guarda e da boa não fies nada.
Da mão à boca se perde a sopa.
Da mata sai quem a queima.
Da mata sai quem se queima.
Dá-me a gordura, que te darei a formosura.
Dá-me a mim dinheiro e ao demo conselho.
Dá-me brancura, dar-te-ei formosura.
Dá-me de vez, dar-to-ei saboroso.
Dá-me dinheiro, não me dês conselho.
Dá-me gordura, dar-te-ei formosura.
Dá-me onde me sente, que acharei onde me deite.
Dá-me pão e chama-me tolo.
Dá-me pega sem mancha, dar-te-ei mulher sem tacha.
Dá-me pega sem manha, dar-te-ei mulher sem tacha.
Dá-me gordura, dar-te-ei formosura.
Dá-me pega sem manha, dar-te-ei mulher sem tacha.
Dá-me ventura, deita-me na rua.
Da mesma flor a abelha tira o mel, e a vespa, o fel.
Da minha galinha, a postura é minha.
Dá-mo pobre, dar-te-ei aborrecido.
Dá-mo pobre, dar-te-ei lisonjeiro.
Da mulher e da sardinha, a mais pequenina.
Da mulher e da pescada, a mais alentada.
Da mulher e do melão, o melhor é o calado.
Da neve, nem cozida nem molhada, não tiras senão água.
Dá nó, não perderás o ponto.
Dá o neto ao avô em que não é bom.
Dá o pai ao filho que nada merece; nunca o filho dá ao pai sem interesse.
Dá ofício ao vilão, conhecê-lo-ão.
Da ostra sai a pérola.
Da panela que ferve, se arredam as moscas.
Da pataca do sovina o diabo tem três tostões e dez réis.
Da pausa sai a dança.
Da pele alheia, grande correia.
Da pele lhe sairão as correias.
Da porta cerrada o diabo se torna.
Da primeira ninguém se livra.
Da primeira pancada é que se mata a cobra.
Da própria pele, não há quem fuja.
Dá, que não peças.
Dá raiva ao caro afeto, se queres manter o afeto.
Da sardinha e da mulher, a maior que houver.
Dá-se-lhe o pé e toma-nos a mão.
Dá-se o pé, e ele quer a mão.
Dá-se um boi para não entrar numa briga, e uma boiada para não sair dela.
Dá sopa na praça, que o jacaré te abraça.
Da tua mulher e do amigo esperto, não creias senão o que souberes ao certo.
Da união nasce a força.
Da vida alheia é mestre o barbeiro.
Da vida nada se leva.
Da vida nada se leva, tudo os herdeiros transformam.
Dádiva de ruim a seu dono se parece.
Dádiva de ruim com seu dono se parece.
Dádiva mal dada para Deus não vale nada.
Dádivas aplacam homens e deuses.
Dádivas quebrantam penhas.
Dai a cada um o que é seu.
Daí a César o que é de César.
Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
Dai aos pobres o que é demais.
Dai-me dinheiro, não me deis conselho.
Dai-me homem sotrancão, dar-vo-lo-ei malicioso.
Dai-me homens ociosos, que eu vo-los darei mentirosos.
Dai-me mãe acautelada, dar-vos-ei filha guardada.
Dai-me mãe acautelada, dar-vos-ei filha honrada.
Dai-me onde me sente, que eu arranjarei onde me deite.
Daí o seu a seu dono.
Dália vive, e não sabe que vive.
Dama do monte, cavaleiro da corte.
Dança-se conforme a música.
Dançar conforme a música.
Daquilo que bem lhe sabe, não reparte o frade.
Daquilo que uns não gostam, outros enchem a barriga.
Dar a bofetada e esconder a mão é de vilão.
Dar a corda para se enforcar.
Dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César.
Dar a Deus o que o diabo não quis.
Dar a última demão.
Dar água sem caneca.
Dar antes de morrer é dispor-se a sofrer.
Dar ao pé, que tempo é.
Dar aos ricaços é lançar água no mar.
Dar às de vila-diogo.
Dar às gâmbias.
Dar as mãos à palmatória.
Dar as mãos pelo diabo e os pés por amor de Deus.
Dar barretadas com o chapéu alheio.
Dar bilha de leite por bilha de azeite.
Dar bofetada e esconder a mão.
Dar bolo.
Dar com a cabeça contra a parede.
Dar com a cara na porta.
Dar com a língua nos dentes.
Dar com a mão na testa do riso.
Dar com a verruma no prego.
Dar com as portas na cara.
Dar com as ventas no sedeiro.
Dar com o nariz no sedeiro.
Dar com os burros n'água.
Dar corda para alguém se enforcar.
Dar dói, chorar faz pena.
Dar dói, chorar faz ranho.
Dar duas verdes com uma madura.
Dar é honra, e o pedir, desonra.
Dar é honra; pedir é desonra.
Dar é honra; pedir é vergonha.
Dar esmola não diminui a bolsa.
Dar esmola não empobrece.
Dar gato por lebre.
Dar-lhe-ão, dar-nos-ão, dar-vo-lo-emos.
Dar murro em ponta de faca não adianta.
Dar murros em ponta de faca.
Dar no cravo.
Dar nó em pingo d'água.
Dar no pé.
Dar nome aos bois.
Dar o dito por não dito.
Dar o golpe do baú.
Dar o mel para depois dar o fel.
Dar o nome aos bois.
Dar o seu a seu dono.
Dar por paus e por pedras.
Dar sota e ás a alguém.
Dar tarde é recusar.
Dar tempo ao tempo.
Dar tratos à bola.
Dar um ovo para ter um boi.
Dar um sabonete a alguém.
Dar uma boa ensinadela a alguém.
Dar uma bobeada.
Dar uma bofetada sem mão.
Dar uma mancada.
Dar uma no cravo, outra na ferradura.
Dar vida e alma, e não a albarda.
Darei a vida e a alma, mas não a albarda.
Das águias não nascem pombas.
Das águias não nascem pombos.
Das almas grandes a nobreza é esta.
Das burlas vêm as veras.
Das cores, a grã; das frutas, a maçã.
Das festas, as vésperas.
Das grandes ceias estão as covas cheias.
Das grandes ceias estão as sepulturas cheias.
Dás pelo amor de Deus aos que têm mais bens que os teus.
Das telhas para cima, só Deus e os gatos.
Dás uma cama a um mendigo, e ele te paga com um piolho.
Das vidas alheias e da tua compõe mezinha para ti.
De algodão velho não se faz bom pano.
De alto cai, quem alto sobe.
De ama gorda, leite magro.
De amigo lisonjeiro e frades sem mosteiro não cures.
De amigo que não ralha e de faca que não talha, não me dá migalha.
De amigo que não ralha, não se me dá migalha.
De amigo reconciliado e de caldo requentado, nunca bom bocado.
De amigo reconciliado, guarda-te dele como do diabo.
De amigo sem sangue, guarda não te engane.
De amigo sem sangue, guarda-te não te engane.
De amigos bons, a estimação se faça por provas de perigo e não da taça.
De amor se vive, de amor se morre.
De amor também se morre.
De arruídos guarda-te, não serás testemunha nem parte.
De arruídos guarda-te; não te quebrarão a cabeça.
De árvore caída todo o mundo faz lenha.
De árvore caída todos fazem lenha.
De ave de bico encurvado, guarda-te dela como do diabo.
De bago em bago, enche a velha o saco.
De bago em bago, macaco enche o papo.
De barba a barba, a honra se cata.
De bem em melhor.
De bezerras e vacas, vão peles às praças.
De bezerras e vacas, vão-se as peles às praças.
De boa árvore, bom fruto.
De boa árvore, bons frutos.
De boa casa, boa brasa.
De boa cepa a vinha e de boa mãe a filha.
De boa cepa plntar a vinha, e de boa mãe a filha.
De boa filha, boa fiandeira.
De boa guerra, boa paz.
De boa madeira, boa acha.
De boa semente, bom fruto.
De boas ceias as sepulturas estão cheias.
De boas intenções está o inferno cheio.
De boas intenções o inferno está calçado.
De boas intenções o inferno está calçado, e o céu de boas obras.
De bons propósitos está cheio o inferno, e o céu de boas obras.
De boi manso, guarde a mim Deus, que do bravo eu me guardarei.
De boi manso me guarde Deus, que do bravo eu me guardarei.
De boi manso me guarde Deus, que do mau eu me guardarei.
De boi sonso, marrada certa.
De bom caminho, dois mandados.
De bom logo, bom fogo.
De bom madeiro, boa acha.
De bom mestre, bom discípulo.
De bom pastor é tosquiar, mas não esfolar.
De bom vinho, bom vinagre.
De bons e de melhores, à minha filha venham.
De bons propósitos está o inferno cheio, e o céu, de boas obras.
De bons propósitos o inferno está cheio.
De borla ninguém trabalha.
De burra que faz "him" e de mulher que sabe latim, livra-te tu e a mim.
De burro ruim só se espera coice.
De burro só se espera coice.
De calar ninguém se arrepende, e de falar, sempre.
De caldo requentado e de amigo reconciliado, nunca se faz um bom bocado.
De caldo requentado e de vento de buraco, guarda-te dele como do diabo.
De caldo requentado nunca bom bocado.
De carneiro que recua, grande marrada.
De casa de gato não sai farto o rato.
De casa de gato não sai rato farto.
De casa de gato não vai farto o rato.
De casa que tem defunto, não se fecha a porta.
De casa vai quem te manda.
De casta vem ao galgo ter o rabo longo.
De casta lhe vem ao galgo ter o rabo longo.
De cavalo dado não se repara a idade.
De cavalo pangaré e mulher de Nazaré, livre-me Deus, dómine.
De cedo casar e cedo madrugar, arrepender-te-ás, mas muito mal.
De cem em cem anos, se fazem dos reis vilãos, e aos cento e seis, dos vilãos reis.
De cobra não nasce passarinho.
De corsário a corsário, não se perdem mais que os barris.
De couro alheio, correias compridas.
De couro alheio, correias largas.
De cunhado, nunca bom bocado.
De curral alheio, nunca bom cordeiro.
De demanda guarda-te em que sejas parte.
De Deus lhe venha o remédio.
De Deus vem o bem, e das abelhas, o mel.
De Deus vem o mal e o bem.
De dia em dia casarás Maria.
De dia em dia morreu minha tia.
De dia, na lama; de noite, na cama.
De dinheiro, de juízo e de virtude, não acredites senão a quarta parte.
De dinheiro e da verdade, metade da metade.
De dinheiro e santidade, metade da metade.
De doido, má palavra ou pedrada.
De doido, pedrada ou má palavra.
De doido, pedrada ou palavrada.
De esgueira, nem bom vento, nem bom casamento.
De esmola grande o pobre desconfia.
De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento.
De esperança se vive até a morte.
De esperança também se vive.
De esperança vive o homem até a morte.
De esperanças vive o homem até que morre.
De estudantes de café, libera nos, Dómine.
De falar como se deve, pouco se perde.
De falso bem, o verdadeiro mal vem.
De farei, farei, nunca me pagarei.
De ferreiro a ferreiro não passa dinheiro.
De filhas a casar e filhos a estudar é livrar.
De filhos e herdeiros, campos cheios.
De focinho de cão não se tira manteiga.
De fogo te guardarás e de mau homem não poderás.
De fome a nenhum vi morrer; a cem mil de muito comer.
De fome ninguém vi morrer, a muitos sim, de muito comer.
De fome ninguém vi morrer, porém a muitos de muito comer.
De fora virá quem de casa nos deitará.
De foro, nem um ovo.
De gaiolas fechadas não saem perdizes.
De galinhas e más fadas não se enchem as casas.
De galinhas e más fadas se enchem as casas.
De gato danado nascem os trabalhos.
De gota em gota o mar se esgota.
De graça, até injeção na testa.
De graça, até injeção na veia.
De graça, até ônibus errado.
De graça, só relógio trabalha, e, assim mesmo, quer corda.
De graça só se dá bom-dia.
De grande coração é sofrer, de grande senhor, ouvir.
De grande rio, grande peixe.
De grande subida, grande caída.
De grande subida, grande descida.
De grandes causas, grandes efeitos.
De grandes ceias estão as campas cheias.
De grandes ceias estão as covas cheias.
De grandes ceias estão as sepulturas cheias.
De grandes senhores, grandes favores.
De grão em grão a galinha enche o papo.
De grão em grão a galinha enche o papo, e o velho, o saco.
De grão em grão enche a galinha o paparrão.
De guardado está perdido.
De homem assinalado sê desconfiado.
De homem cortês foge de vez.
De homem muito cortês foge de vez.
De homem para homem não vai força de boi.
De homem sem barba, cão com baba e boi de rabo alvo, põe-te a salvo.
De homem só, tende dó.
De homem vingativo ou bravo não digas que tens agravo.
De homens insubstituíveis está cheio o cemitério.
De hora a hora Deus melhora.
De hora em hora Deus melhora.
De inimigo reconciliado, nunca bom bocado.
De janeiro a janeiro o dinheiro é do banqueiro.
De jovem anjo, velho diabo.
De juiz tolo, sentença pronta.
De juízes não me curo, que minhas obras me fazem seguro.
De lá nos venham as pedras, de onde estão os nossos.
De ladrão de casa ninguém se livra.
De lautas ceias estão as sepulturas cheias.
De leal e bom servidor, virás a ser senhor.
De linho mordido, nunca bom fio.
De livro fechado não sai letrado.
De longas vias, longas mentiras.
De longe também se ama.
De longe te trouxe um figo; quando te vi, comi-o.
De longe vem a água ao moinho.