PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS

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Página dos Provérbios

D2

De longos caminhos, longas mentiras.

De longos sonos e grandes ceias estão as sepulturas cheias.

De louco, todos temos um pouco.

De má companhia foge, e livra-te do ruge-ruge.

De má companhia guarda-te de ser autor nem parte.

De má mata, nunca boa caça.

De madrasta, o nome basta.

De mal-agradecidos está o inferno cheio.

De mamando a caducando, a gente vai-se educando.

De manhã ao monte, e de tarde à fonte.

De manhã é que começa o dia.

De manhã é que se começa o dia.

De manhã em manhã, perde o carneiro a lã.

De manhã se começa o dia.

De massa de má casta, um bolo basta.

De mau corvo, mau ovo.

De mau grão, nunca bom pão.

De mau ninho, não cries o passarinho.

De mau ninho, nunca cries o passarinho.

De maus costumes nascem boas leis.

De maus filhos, maus amigos.

De médico, de sábio e de louco todos temos um pouco.

De médico e de louco, cada um tem um pouco.

De médico e de louco, todo mundo tem um pouco.

De médico e de louco, todos nós temos um pouco.

De médico e de louco, todos temos um pouco.

De médico, engenheiro e louco, todos temos um pouco.

De médico, poeta e louco, todos nós temos um pouco.

De médico, professor e louco, todos nós temos um pouco.

De meninos se fazem os homens.

De milho a milho, cama de novilho.

De mim digam, e a mim pidam.

De mim e do meu asno haja pensado, que do mal alheio não há cuidado.

De mim e do meu asno haja pensado, que o mal alheio não me dá cuidado.

De mim saiu quem me feriu.

De mim só me aconselhei; de mim só me lamentarei.

De mole a mole, longe vai o homem.

De monte a monte, vai o rio.

De muita alegria também se morre.

De muitos perigos nos livra a falta de riquezas.

De muitos poucos se faz um muito.

De mulher de igreja, Deus nos proteja.

De músico, poeta e louco todos nós temos um pouco.

De nada duvida quem nada sabe.

De nada fez Deus o mundo.

De nada, nada se faz.

De nenhum proveito é o entendimento, quando não se faz o que se sabe que é bom.

De nenhuma mulher há que fiar, e de todo homem há muito que temer.

De neve, nem cozida nem molhada, não tiras senão água.

De noite, à candeia, a burra parece donzela.

De noite, à candeia, a velha parece donzela.

De noite, à candeia, não há mulher feia.

De noite, à candeia, parece bonita a feia.

De noite, à luz da candeira, parece bonita a feia.

De noite deita teu gado na erva do teu prado.

De noite deita teu gado na terra do teu prado.

De noite sonha no que de dia anda cuidando.

De noite todos os gatos são pardos.

De obras feitas, todos são mestres.

De onde a gente menos espera é que não vem nada mesmo.

De onde menos se espera, daí é que sai.

De ouro e de ferro, tudo é um peso.

De outro tiple está esta gaita.

De pai coxo, filho aleijado.

De pai mau, filho bom, lá virá neto que saia ao avô.

De pai santo, filho diabo.

De pai vilão, filho fidalgo, neto ladrão.

De paixão, de senhor e de justiça, livrar do primeiro ímpeto.

De palavra em palavra.

De panela que ferve se arredam as moscas.

De pano escasso, capote curto.

De papas e arroz, o pegado é o melhor.

De parte a parte, bacamarte.

De pataca alheia, a mão cheia.

De pato a ganso é pequeno o avanço.

De pau caído, todo mundo faz graveto.

De pedra e cal.

De pendão a grão, trinta dias vão.

De pensar morreu um burro.

De pensar morreu um burro, com freteiro, cangalha e tudo.

De pequena bostela se levanta grande mazela.

De pequena candeia, grande fogueira.

De pequena fagulha, grande labareda.

De pequenas causas, grandes efeitos.

De pequenino é que se torce o pepino.

De pequenino se torce o pé ao pepino.

De pequenino se torce o pepino.

De pequeninos grãos se junta grande monte.

De pequeno verás o boi que terás.

De pequeno verás que boi terás.

De pequenos grãos se ajunta grande monte.

De pessoa calada afasta tua morada.

De pic-pic de pedreiro e de rape-rape de carpinteiro, livre Deus o meu dinheiro.

De pobre bispo, pobre serviço.

De porta cerrada o diabo se guarda.

De pouco pano, curta capa.

De promessas está cheio o inferno.

De promessas, quem vive é santo.

De prudência é não querer o que não se pode haver.

De quarenta arriba não molhes a barriga.

De que adianta o vento estar a favor, se não se sabe para onde virar o leme?

De que servem as leis sem os costumes?

De quedas e ceias estão as covas cheias.

De quedas e ceias estão as sepulturas cheias.

De quem do seu foi mau despenseiro, não fies o teu dinheiro.

De quem medo hão, logo lho dão.

De quem medo hão, logo o seu lhe dão.

De quem não é prudente, afaste-se a gente.

De quem não tem calçado no inverno, não fies o teu dinheiro.

De quem não tem calças no inverno, não fies o teu dinheiro.

De rabo de porco, nunca bom virote.

De raminho em raminho, faz o ninho o passarinho.

De raminho em raminho, o passarinho faz seu ninho.

De rico a soberbo, não há palmo e meio.

De rico a soberbo, não há palmo inteiro.

De rio pequeno não esperes grande peixe.

De ruim a ruim, não há melhoria.

De ruim a ruim, pouca é a melhoria.

De ruim a ruim, quem acomete, vence.

De ruim árvore, nunca bom fruto.

De ruim cabaça não sai boa pevide.

De ruim cabeça não sai bom conselho.

De ruim gesto, nunca bom feito.

De ruim homem e dissimulado, guarda-te dele como do diabo.

De ruim madeiro sai, às vezes, uma boa cavaca.

De ruim massa, um bolo basta.

De ruim moita sai, às vezes, bom coelho.

De ruim ninho, às vezes sai bom passarinho.

De ruim ninho não cries passarinho.

De ruim ninho, nunca bom passarinho.

De ruim ninho, sai às vezes bom passarinho.

De ruim ninho sai bom passarinho.

De ruim ninho também sai bom passarinho.

De ruim ninho voa longe o passarinho.

De ruim, nunca bom bocado.

De ruim pagador, em farelos.

De ruim pagador em farelos recebe.

De ruim pano, nunca bom saio.

De ruim pano, nunca bom vestido.

De ruim rosto, nunca bom feito.

De sangue misturado e de moço refalsado me livre Deus.

De sangue misturado e de moço refalsado nos livre Deus.

De século em século a história se repete.

De "sim" e de "não" nasce toda questão.

De supetão, só espirro.

De tais bodas, tais tortas.

De tais mestres, tais discípulos.

De tais romarias, tais perdões.

De tal acha, tal racha.

De tal árvore, tal fruto.

De tal começo, tal fim.

De tal gente, tal semente.

De tal madeira, tal acha.

De tal madeiro, tal acha.

De tal mestre, tais discípulos.

De tal ninho, tal passarinho.

De tal pedaço, tal retraço.

De tal tenda, tal ferramenta.

De tanto dizer “sim” acabamos dizendo “não” à vida.

De tarde madrugar e de tarde casar te hás de lamentar.

De teimas e desordens guarda-te, para não seres testemunha nem parte.

De telhas acima, só Deus e gatos.

De tens a queres o terço perdes.

De teu amigo, o primeiro conselho.

De todos desconfia o coração culpado.

De tostão a tostão se chega ao milhão.

De tostão em tostão vai-se ao milhão.

De traidor farás leal, com bom falar.

De três pês livre-me Deus: padre, pombo e parente.

De trigo e aveia, minha casa cheia.

De tua mulher e do amigo esperto, não creias senão o que souberes de certo.

De tua mulher e do amigo esperto, só creias o que souberes de certo.

De tua pele se trata.

De tudo Deus se serve.

De um argueiro fazer um cavaleiro.

De um caminho, dois mandados.

De um espinho nasce uma rosa, e de uma rosa, um espinho.

De um gosto, mil desgostos.

De um homem mau não se pode fazer um grande homem.

De um homem néscio, às vezes bom conselho.

De um néscio ás vezes bom conselho.

De um "sim" e de um "não" nasce toda a questão.

De uma cajadada matar dois coelhos.

De uma cajadada não se matam dois coelhos.

De uma caminhada fazer dois mandados.

De uma faísca queima a vila.

De uma faísca se queima a vila.

De uma faísca se queima uma cidade.

De uma faísca se queima uma vila.

De uma gota de mel nascem rios de fel.

De uma hora para outra, a casa cai.

De uma hora para outra cai a casa.

De uma lágrima de mulher nasce o perdão.

De uma pancada não se derruba o carvalho.

De uma pancada não se derruba o cavalo.

De uma vaca não se podem tirar duas peles.

De uns, fazeis filhos, e de outros, enteados.

De véspera, todos madrugam.

De vizinho, abastado, e de razão, minguado.

De vizinho ruim, nem o diabo quis saber.

Debaixo da coberta, tanto vale a branca como preta.

Debaixo da constituição mais livre, um povo ignorante é sempre escravo.

Debaixo da manta, tanto vale a preta como a branca.

Debaixo da nogueira, não faças cabeceira.

Debaixo da porta do aposentado cresce capim.

Debaixo de boa palavra, aí está o engano.

Debaixo de boa seda está o homem mau.

Debaixo de bom saco, está o homem mau.

Debaixo de bom saio, está o homem mau.

Debaixo de má capa há um bom vivedor.

Debaixo de ruim capa, jaz um bom bebedor.

Debaixo de ruim capa, há um bom dizedor.

Debaixo de ruim capa se esconde muitas vezes um bom bebedor.

Debaixo desse angu tem torresmo.

Debaixo do angu tem carne.

Debaixo do saial há al.

Debaixo do sol nada é novo.

Debaixo dos pés se levantam os desastres.

Debaixo dos pés se levantam os trabalhos.

Debaixo duma capa ruim está um bom jogador.

Debaixo duma ruim capa está um bom bebedor.

Dedo de espada e palmo de lança é grande vantagem.

Dedo que a lei corta, não causa mais dano.

Dêem ofício ao vilão, conhecê-lo-ão.

Defeitos de meu amigo, lamento, mas não maldigo.

Defender com unhas e dentes.

Defunto não enjeita cova.

Defunto não fala.

Defunto não morde.

Defunto não rejeita cova.

Defunto, quando acha quem o carregue, balança.

Defunto rico, defunto chorado.

Degolar-se com a própria mão.

Deita estrume ao pão, que as terras to pagarão.

Deita outra sardinha, que outro ruim vem da vinha.

Deita-se o homem pelo chão, por ganhar gabão.

Deita-te a enfermar, saberás quem te quer bem.

Deita-te a enfermar, saberás quem te quer bem e quem te quer mal.

Deita-te a enfermar, saberás quem te quer mal.

Deita-te em tua cama e cuida em tua casa.

Deita-te na tua cama, cuida na tua casa, e não te importe quem pela rua passa.

Deita-te na tua cama, e não te importe quem pela rua passa.

Deita-te sem cear, levantar-te-ás sem dever.

Deita-te sem ceia, amanhecerás sem dívida.

Deita-te sem ceia, amanhecerás sem dívidas.

Deita-te tarde, levanta-te cedo, verás o teu mal e o alheio.

Deita terra sobre terra, saberás o pão que leva.

Deitar a pedra e esconder a mão.

Deitar água na fervura.

Deitar água no mar.

Deitar azeite no fogo.

Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer.

Deitar cedo e levantar cedo dá saúde, contentamento e dinheiro.

Deitar em saco roto.

Deitar-me e fartar-me, e se eu não dormir, mata-me.

Deitar na cama, que é lugar quente.

Deitar pérolas a porcos.

Deitar sopas e sorver, não pode tudo ser.

Deitar tarde e levantar cedo cria carne e sebo.

Deitem o noivo no poço, se com a noiva não brincar.

Deitou-se o preguiçoso, levantou-se o aguçoso, e deitou fogo ao palheiro.

Deixa a tua casa, vem-te à minha, terás negro dia.

Deixa estar, jacaré, que a lagoa há de secar.

Deixa estar, jacaré, que a lagoa há de secar onde os patos vão beber.

Deixa estar, para ver como vai ficar.

Deixa fazer a Deus, que é santo velho.

Deixa florir, que o que meu há de ser, à mão me há de vir ter.

Deixa o boi mijar e farta-o de arar.

Deixa o tacho, que a fervura vem de baixo.

Deixa para lá.

Deixa-te de grelos, que é roubo de azeite.

Deixar a fonte pelo arroio.

Deixar a túnica pelo burel.

Deixar alguém com a cara no chão.

Deixar com a boca aberta.

Deixar como está, para ver como fica.

Deixar fazer a Deus, que é santo velho.

Deixar ficar como está, para ver como fica.

Deixar nas pontas do touro.

Deixar o certo pelo duvidoso.

Deixar obrar a Deus, que é santo velho.

Deixar para as calendas gregas.

Deixar para o dia de são nunca.

Deixar para o dia de são nunca à tarde.

Deixar só canhona com marão, vem o diabo e mete a mão.

Deixemos como está, para vermos como fica.

Deixemos de zombar e falemos de siso.

Deixemos pais e avós e por nós sejamos bons.

Deixemos pais e avós e sejamos bons por nós.

Demanda, Deus a manda.

Demandar e urinar levam o homem ao hospital.

Demandar sete pés ao carneiro.

Demasiada bondade é necedade.

Dentada de cão cura-se com o pelo do próprio cão.

Dentada de cão cura-se com pelo do mesmo cão.

Dente raro, mentiroso.

Dentro de casa, nem chove, nem faz sol.

Depois da batalha aparecem os valentes.

Depois da cabeça cortada é tolice lastimar a perda dos cabelos.

Depois da calma, a tempestade.

Depois da calma, vem a tempestade.

Depois da carne, o queijo.

Depois da casa arrombada, cadeado à porta.

Depois da casa feita, a deixa.

Depois da casa roubada, trancas à porta.

Depois da casa roubada é que se põem as trancas.

Depois da doçura vem a amargura.

Depois da festa coça na testa.

Depois da festa, coçar na testa.

Depois da mijada da cutia, o cachorro pega o faro.

Depois da morte, o remédio.

Depois da onça morta, até cachorro mija nela.

Depois da onça morta, todos metem o dedo na bunda dela.

Depois da pança, vem a dança.

Depois da pausa, vem a dança.

Depois da sopa, molha-se a boca.

Depois da tempestade, vem a bonança.

Depois das causas, vêm os efeitos.

Depois de almoçar, deitar; depois de cear, passos dar.

Depois de beber, cada qual dá o seu parecer.

Depois de beber, cada um dá seu parecer.

Depois de beber, todos dão seu parecer.

Depois de beber, todos são valentes.

Depois de casa feita, a deixa.

Depois de comer, cada qual dá o seu parecer.

Depois de comer e beber, cada um dá o seu parecer.

Depois de comer, nem uma carta ler.

Depois de despedir os hóspedes, comeremos o pato.

Depois de escalavrado, untado o casco.

Depois de eu comer, não faltam colheres.

Depois de eu comer, não faltam talheres.

Depois de eu morrer, suceda o que suceder.

Depois de fartos, não faltam pratos.

Depois de feita a coisa, escusado é tomar conselho.

Depois de fugir o coelho, toma o vilão o conselho.

Depois de fugir o coelho, todos dão conselho.

Depois de jantar, dormir; depois de cear, passos mil.

Depois de mim, o dilúvio.

Depois de mim virá quem bom me fará.

Depois de morto, nem vinha nem horto.

Depois de morto, que me importam os outros?

Depois de nós virá quem a porta fechará.

Depois de os mais comerem, não faltam colheres.

Depois de peixe, mal é o leite.

Depois de rapar, não há que tosquiar.

Depois de raspar, não há mais o que cortar.

Depois de roubado, portas novas.

Depois de servido, adeus, meu amigo.

Depois de um bom poupador, um bom gastador.

Depois de velho, gaiteiro.

Depois de velho, se torna a menino.

Depois de vindimas, cavanejas.

Depois de vindimas, cavanejos.

Depois do almoço, o deitar, depois de cear, passear.

Depois do asno morto, cevada ao rabo.

Depois do casamento, vem o arrependimento.

Depois do enterro, começam os elogios.

Depois do fato, todo mundo é sábio.

Depois do ladrão coloca-se a tranca.

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