PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS

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Página dos Provérbios

S1

Sábado, cobrança; domingo, lambança; segunda, fartura; terça, ainda dura; quarta, pouco falta; quinta, faminta; sexta, esperança.

Sábado, cobrança; domingo, lambança; segunda, fartura; terça, amadura; quarta, pouco falta; quinta, faminta; sexta, esperança.

Sábado de aleluia, carne no prato, farinha na cuia.

Sábado sem sol, ganha a rainha o carneiro.

Sábado a chover e bêbados a beber, nunca ninguém os pode vencer.

Sabe aquele que se salva, porque o outro não sabe nada.

Sabe as pancadas no vinte.

Sabe como sete politeiros.

Sabe como um dos sete sábios da Grécia.

Sabe Deus as linhas com que cada um se cose.

Sabe mais quem fala menos.

Sabe muito a raposa, mas quem a apanha sabe mais.

Sabe muito quem sabe calar-se.

Sabe o que digo? Que cevada não é trigo.

Sabei escusar o supérfluo, e o preciso não vos faltará.

Sabem-no cães e gatos.

Sabendo de quem vens, dir-te-ei o bem ou mal que tens.

Saber com quantos paus se faz uma canoa.

Saber e amar só é concedido a Deus.

Saber e não fazer ainda é não saber.

Saber é poder.

Saber esperar é grande virtude.

Saber guiar os bois adiante do carro.

Saber muitas artes é ter pouco dinheiro.

Saber muitas línguas é ser muitas vezes homem.

Saber muito não evita que nos enganemos um pouco.

Saber os dentes ranger não é saber morder.

Saber quantos pães dá um alqueire.

Sabidas as contas, linhas quebradas, tudo são contas.

Sabidas as contas, linhas quebradas, tudo são pontas.

Sabido é aquele que leva o tolo às costas.

Sábio é quem aprende à custa dos outros.

Sábio no nome.

Saco cheio não se dobra.

Saco de carvoeiro, mau de fora, pior de dentro.

Saco vazio não fica em pé.

Saco vazio não pára em pé.

Saco vazio não se pode ter em pé.

Saco vazio não se põe em pé.

Saco vazio não se tem em pé.

Sacrifica o presente em benefício do futuro.

Saem cativos, quando são vivos.

Saem os gatos, folgam os ratos.

Safa, arreda, arruma, são três coisas a uma.

Sai a acha à racha.

Sai a acha ao madeiro.

Sai a giesta à friesta <do rochedo> e a rama à raiz.

Sai a páscoa à segunda-feira.

Sai antes do dia, entra antes da noite.

Sai, azar!

Sai caro o que se roga.

Sai mais cara a mecha que o sebo.

Saí-me ao sol, disse mal, ouvi pior.

Sai o morcego a passear, são horas de cear.

Saiba viver oculto, quem queira viver feliz.

Sair à francesa.

Sair branco o bilhete da loteria.

Sair da lama e cair no atoleiro.

Sair da lama e meter-se no atoleiro.

Sair das conchas.

Sair do diabo e meter-se na mãe.

Sair do poço e cair no perau.

Saiu das brasas e caiu nas labaredas

Saiu de um atoleiro e meteu-se noutro.

Saiu do espeto, caiu nas brasas.

Saiu do lodo, caiu no arroio.

Saiu do lodo e caiu no arroio.

Sal vertido, nunca bem colhido.

Salada bem salgada, pouco vinagre, bem azeitada.

Salamanca, a uns sara, a outros manca.

Salmão e sermão têm na quaresma a sua estação.

Salomão a morrer, Salomão a aprender.

Salta o barranco e não rogues o santo.

Saltar da sertã e cair nas brasas.

Saltar das brasas e cair nas labaredas.

Saltar das brasas para a frigideira.

Saltar da frigideira para o fogo.

Saltou a cabra à silva, e a porca à pocilga.

Saltou a cabra na vinha, também saltará a filha.

Saltou da frigideira para as brasas.

Saltou das brasas, caiu nas labaredas.

Salve-se quem puder.

Salvo está quem repica os sinos.

Salvou-se uma alma!

Sancha, Sancha, bebes vinho e dizes que mancha.

Sandeu calado passa por avisado.

Sanfona não engorda porco.

Sangrai-o, purgai-o, e, se morrer, enterrai-o.

Sangrar em saúde.

Sangue de tripas não é gordura.

Sangue não é água.

Sangue pela boca, nem das gengivas.

Sanha de vilão, perda de sua casa.

Sanhaço canta "quis, quis": não quis, não quis.

Santo Antônio tira a dor, mas não tira a pancada.

Santo de carne, pau nele.

Santo de casa não faz milagre.

Santo de casa não obra milagre.

Santo, só Deus.

Santos da porta não fazem milagres.

Santos de ao pé da porta não fazem milagres.

Santos de casa não fazem milagres.

Santos de Catalunha, olhos grandes, vista nenhuma.

São as tripas que levam os pés, e não os pés que levam as tripas.

São Bom Homem mora na Sé, e fecha-se-lhe a porta à noite.

São brancos, lá se entendam.

São Brás bendito, que se afoga este animalito.

São cachimbos apagados.

São cartas que fazem chorar um candeeiro velho.

São como os frades no convento: uns fora, outros dentro.

São como um perro.

São duas almas num corpo.

São elas por elas.

São favas contadas.

São intrigas da oposição.

São lágrimas suspeitas as dos ratos nos enterros dos gatos.

São lobos da mesma alcatéia.

São mais as vozes que as nozes.

São mais os casos que as leis.

São Mateus, primeiro os teus.

São maus vizinhos um grande senhor e um grande rio.

São necessárias muitas cabeças para a deliberação, uma só para a ação.

São necessárias muitas mentiras para sustentar uma.

São os melhores nadadores que se afogam.

São os peixes que não vêem a água.

São peitar faz bom jantar, que são rogar não há lugar.

São quatro os inimigos da gente: mundo, diabo, carne e parente.

São raras vezes duradouras as amizades improvisadas.

São ricos os que têm amigos.

São todos muito honrados, mas meu capote falta-me.

São três os mandamentos de Sevilha: olho vê, pé anda e mão pilha.

Sapateiro, aos teus sapatos.

Sapateiro, por que choras? Por que não tenho solas.

Sapato, quanto duras? Quanto me custas.

Sapato roto ou são, melhor é no pé que na mão.

Sapato, tanto duras quanto me custas.

Sapo de fora não chia.

Sapo fora da lagoa não ronca.

Sapo não pula por boniteza, e sim por precisão.

Sapo não pula por gosto, mas por precisão.

Sapo que salta, água não falta.

Sapo que salta, água que falta.

Sara a mulher e adoece quando quer.

Saram cutiladas, e não más palavras.

Sarampo, sarampelo, sete vezes vem ao pelo.

Sardas no rosto trazem desgosto.

Sardinha bem salgada, bem cozida, mal assada.

Sardinha e galinha só com a mãozinha.

Sardinha na chama e mulher na cama.

Sardinha que o gato leva, gualdida vai.

Sardinha sem pão é comer de ladrão.

Sardinheiro vende sardinha e come galinha.

Sarna de gosto não pica.

Saúda a árvore que te abriga, que bem o merece.

Saúda só de longe o teu vizinho, quando seja mesquinho.

Saudade é a memória do coração.

Saudade é a presença dos ausentes.

Saudade é companheira de quem não tem companhia.

Saudade é fraco remédio e doce engano.

Saudade não mata, mas maltrata.

Saudades são securas; meu amor, dá cá a borracha.

Saúde come, quem não tem boca grande.

Saúde cuidada, vida conservada.

Saúde de velho é muito remendada.

Saúde é a que joga, que não camisa nova.

Saúde e alegria, beleza cria; atavio e enfeite, custa e mente.

Saúde e geração não se apuram muito não.

Saúde é jeito.

Saúde é o maior tesouro.

Saúde e paz, dinheiro atrás.

Saúde é riqueza.

Saúde o come, que não boca grande.

Saúde pouca, mais vale nenhuma.

Saúde vale mais que riqueza.

Se a barba fosse tudo, podia o bode pregar.

Se a carapuça te cabe, veste-a.

Se a comida vires fazer, fartas-te antes de comer.

Se a inveja fosse tinha, muita gente era tinhosa.

Se a inveja fosse tinha, pez lhe bastaria.

Se a inveja fosse tinha, todo mundo era tinhoso.

Se a mãe soubesse quando o filho endentece, não havia nada que lhe não fizesse.

Se a mocidade soubesse, se a velhice pudesse.

Se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai à montanha.

Se a mulher soubesse as virtudes da arruda, buscá-la-ia.

Se a pílula bem soubera, não se dourara por fora.

Se a pírola bem soubera, não se dourara por fora.

Se a raposa anda aos grilos, mal da mãe, pior dos filhos.

Se a rico queres chegar, vai devagar.

Se a ser rico queres chegar, vai devagar.

Se a tua casa é úmida, abre conta na botica.

Se a velha se abaixa, para si caga.

Se a vida te dá um limão, faz com ele uma limonada.

Se acham mole, carregam.

Se alguém perguntar por mim, diz que sou feliz.

Se amar é crime, me processa.

Se amar é pecado, não tenho perdão.

Se ambicionas boa fama, não te pilhe o sol na cama.

Se amor fosse água, meu peito seria uma cascata.

Se anelas a paz de tua alma, retém tua paixão em calma.

Se ao criminoso queres zangar, fala-lhe em crime e deixa-te estar.

Se arrependimento matasse, eu já estava morto.

Se as armas falam, as leis se calam.

Se as palavras convencem, os exemplos arrastam.

Se assim corres como bebes, vamos às lebres.

Se barbas fossem documentos, camarão era dono do mar.

Se bêbados te vieres sentir, foge à companhia e vai dormir.

Se bebes demais, tropeças e cais.

Se bebes para esquecer, paga antes de beber.

Se bebes vinho, não bebas o siso.

Se bem canta Marta depois de farta, melhor se lambe o gato depois de farto.

Se bem canta o abade, não lhe fica atrás o noviço.

Se bem me fizeres, contigo me irei.

Se bem me quer o João, suas obras o dirão.

Se bem me queres, tuas obras mo dirão.

Se bem o disse, melhor o fez.

Se bem soubera a pílula, não se dourara por fora.

Se bobeira desse rasteira, tu não saías do chão.

Sê breve e agradarás.

Se burrice pagasse imposto, o país estaria rico.

Se cabelo fosse dinheiro, pobre nascia careca.

Se caçares, não te gabes; se não caçares, não te enfades.

Se cair, do chão não passa.

Se cair o céu, ficaremos debaixo.

Se caiu no chão, é para quem varrer a casa.

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