PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS

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Página dos Provérbios

A3

A isca é que engana, e não o pescador que tem a cana.

A juiz fraco, estomentá-lo.

A juiz ladrão, com os pés na mão.

A justa e boa petição traz bom despacho consigo.

A justiça a todos agrada, mas ninguém a quer em casa.

A justiça a todos agrada, mas ninguém a quer em sua casa.

A justiça a todos guarda, mas ninguém a quer em casa.

A justiça a todos guarda, mas ninguém a quer em sua casa.

A justiça começa por casa.

A justiça, como as mãos do cirurgião, com quanto mais levidão cura, melhor é.

A justiça de Deus é infalível.

A justiça de Deus tarda, mas não falha.

A justiça de Deus tarda, mas não falta.

A justiça divina tarda, mas não falha.

A justiça e a razão vencem tudo.

A justiça é cega.

A justiça não conhece pai nem mãe, mas a verdade.

A justiça não dorme.

A justiça, para ser boa, começa por casa.

A justiça procura o culpado; a eqüidade procura o inocente.

A justiça sem a força é impotente; a força sem a justiça é tirania.

A justiça sem o poder é impotente; o poder sem a justiça é tirania.

A justiça sem razão é a própria sem razão.

A justiça tarda, mas não falha.

A justiça tem sete mangas, e, em cada manga, sete capelos.

A justiça tem sete mangas, e, em cada manga, sete manhas.

A justos não se devem pedir coisas injustas.

A juventude deve seguir seu curso.

A juventude é extravagante: salta por cima do riacho quando há uma ponte ao lado.

A juventude é uma flor que passa.

A la larga, o galgo a lebre mata.

A lã não pesa à ovelha, e a barba não pesa ao bode.

A lã nunca pesou ao carneiro.

A ladrão de casa nada é vedado.

A ladrão de casa nada se esconde.

A ladrão de casa não há chave.

A ladrão fino não furtes castão.

A lágrimas de mulher não há casa forte.

A lama dos moços dá pela barba e aos velhos pela braga.

A lampreia faz a bolsa feia.

À laranja e ao fidalgo, o que quiser; ao limão e ao vilão, o que tiver.

A laranja pela manhã é ouro; ao meio dia, prata; à tarde, cobre, e à noite mata.

À larga, o galgo a lebre mata.

A lavrador descuidado os ratos comem o semeado.

A lavrador descuidado, os ratos lhe comem o semeado.

A lavrador preguiçoso levam os ratos o precioso.

A lebre é de quem a levanta, e o coelho de quem o mata.

A lei de amar é como a de reinar: não sofre dois.

A lei de reinar é como a de amar.

A lei deve ser como a morte: não excetuar ninguém.

A lei é dura, mas é a lei.

A lei é dura, mas é lei.

A lei, lei é.

A lei não tem efeito retroativo.

A lei protege os fortes.

A lei protege os grandes.

A lei vê o irado, o irado não vê a lei.

A leitura encanta os felizes e consola os desgraçados.

A lenha quanto mais seca, mais arde.

A lenha sustenta o lume.

A lenha torta dá fogo direito.

A letra com sangue entra.

A letra entra com sangue.

A letra mata, o espírito vivifica.

A letra prescreve, desde que o velhaco assina.

A letra prescreve quando o velhaco assina.

A liberalidade faz os príncipes amados.

A liberdade de imprensa é a respiração do corpo social.

A liberdade vale ouro.

A lição do futuro existe na contemplação do passado.

A lima lima a lima.

À limpeza Deus amou; mais amou quem a guardou.

A língua bate onde dói o dente.

A língua da gente é correia da pele.

A língua das mulheres é a sua espada.

A língua do maldizente e a orelha do que o ouve, são irmãs.

A língua do maldizente e o ouvido do que ouve são irmãos.

A língua dum praguento é pincel do demônio.

A língua enganosa não ama a verdade.

A língua fala à custa da cabeça.

A língua longa é sinal de mão curta.

A língua malvada corta mais que a espada.

A língua não é de aço, mas corta.

A língua não mente o que o coração sente.

A língua não tem osso, mas quebra osso.

A língua não tem osso, mas quebra ossos.

A língua tem poder de vida e de morte.

A língua vai aonde dói o dente.

A língua volta-se sempre para o dente que dói.

A linguagem da verdade é simples.

A linha reta é o menor caminho entre dois pontos.

A lisonja é uma moeda falsa, que só tem curso pela nossa vaidade.

A lisonja não é prazer senão para os tolos.

A lisonja tem seu silêncio como tem a sua linguagem.

A lisonjaria a toda orelha é doce.

A lisonjaria cria amigos e a verdade ódios.

A lisonjeiro, fazer mau rosto.

A lua é calma e tem vulcões no seio.

A lua e o amor, quando não crescem, diminuem.

A lua não fica cheia num dia.

A lua, onde está, logo aparece.

A luta contra a desgraça é inútil.

À luz da candeia, faz tua meia.

A luz onde está, logo aparece.

A luz que vai adiante é que alumia.

A má ação envergonha quem a pratica, não quem a recebe.

A má ação fica com quem a pratica.

A má cama, colchão de vinho.

A má chaga cura-se; a má fama mata.

A má chaga, má erva.

A má chaga sara, e a má fama cresce sempre.

A má chaga sara, e a má fama mata.

A má companhia torna o bom mau, e o mau pior.

A má erva depressa nasce e tarde envelhece.

A má erva depressa nasce e tudo envelhece.

A má erva mata a boa.

A má erva, se não se arranca, cada dia se multiplica.

A má fama não mata a geada.

A má fortuna nunca foi louvada.

A má hora depressa nasce e depressa melhora.

A má hora depressa nasce e depressa morre.

A má irmã não te ama.

À má língua, tesoura.

A má mulher é açoite do homem.

A má nova depressa nasce e depressa melhora.

A má paga venha em palha.

A má pele não se muda.

À má sorte, boa cara.

À má sorte, envidar forte.

A má ventura sempre é queixosa.

À má vizinha dá agulha sem linha.

À má vizinha empresta a agulha sem linha.

A maçã podre estraga a companheira.

A macaco velho não se ensina a fazer caretas.

A madrugada só sabe bem depois de feita.

A mãe aguçosa faz a filha preguiçosa.

A mãe e a filha, por dar, se fazem amigas.

A magnificência encurta a beneficência.

A mágoa aparta amor.

A magra baila na boda, e não a gorda.

A maior arte consiste em encobrir a arte.

A maior destruição que o homem de si tem, é o mesmo outro homem.

A maior dor é aquela que se está sentindo.

A maior intensidade do mal anuncia, ordinariamente, a sua menor duração.

A maior jornada começa por um passo.

A maior jornada é sair de casa.

A maior pressa é o maior vagar.

A maior ventura é a menos segura.

A maior ventura é a que menos dura.

A maior vingança é o desprezo.

A mais bela das virtudes é perdoar.

A mais certa alcoviteira que as filhas têm, é a sua própria mãe.

A mais certa alcoviteira que os filhos têm, é a sua própria mãe.

A mais forte despesa que se pode fazer, é a do tempo.

A mais mouros, mais ganância.

A mais obriga um rosto bem ensombrado, que um homem armado.

A mais rica das rendas é a economia.

A mais ruim ovelha, do fato suja o tarro.

A mais temível valentia é a que impõe a necessidade.

A mais terrível valentia é a que impõe a necessidade.

A mal desesperado, remédio heróico.

A maldade é uma grande enfermidade da alma.

A maldade consigo se castiga.

A maldade e a discrição são os pilotos do mundo.

A malícia, quem não a faz, não a cuida.

A malícia tem vista fraca e memória forte.

A maluco, maluco e meio.

A mancebo mau, com mão e com pau.

A mancebo mau, com pão e com pau.

A mandriice é o chamariz da mosca.

A maneira mais rápida de se tocar a boiada é devagar.

A mão direita não deve saber o bem que faz a esquerda.

A mão na dor e o olho no amor.

A mão na dor, o olho no amor.

A mãos lavadas, Deus lhes dá que comam.

A marido, serve-o como amigo, e guarda-te dele como inimigo.

A más fadas, más bragas.

A más fadas, más brasas.

A mau amo hás de agradar, com medo de empiorar.

A mau amo, mau moço.

A mau bácoro, boa lande.

A mau capelão, mau sacristão.

A mau falador, discreto ouvidor.

A mau fodedor até o colhões atrapalham.

A mau fodedor até os pentelhos atrapalham.

A mau moço, mau amo.

A mau pagador, em farelos.

A medicina ensina a curar os doentes; a arte da guerra, a matar os sãos.

A médico, confessor e letrado nunca enganes.

A medida do ter nunca enche.

A medida geral das ações humanas é o interesse.

À medida que a razão cresce, o instinto enfraquece.

A melancolia alumia e destrói.

A melhor companhia acha-se numa escolhida livraria.

A melhor cozinheira é a azeiteira.

A melhor defesa é o ataque.

A melhor entidade da terra é uma boa mulher, e a pior peste, a que é má.

A melhor espiga é para o pior porco.

A melhor espiga é sempre para o pior porco.

A melhor esposa é aquela de quem ninguém diz nem mal nem bem.

A melhor lã, come-a a traça.

A melhor mostarda é a fome.

A melhor palavra é a que está por dizer.

A melhor vingança é o desprezo.

A memória das injúrias dura mais que a dos benefícios.

A memória do credor é melhor que a do devedor.

A memória do prazer passado acrescenta a dor presente.

A mentira é como uma bola de neve: quanto mais rola, mais engrossa.

A memória é o estojo da ciência.

A meninos e a santos do altar não prometas para faltar.

A mente ociosa é o jardim do diabo.

A mentira corre mais que a verdade.

A mentira corre, mas a verdade a apanha.

A mentira é o autor de toda a maldade.

A mentira monta na garupa da dúvida.

A mentira não tem pejo.

A mentira não tem pés.

A mentira sempre é vencida.

A mentira só dura enquanto a verdade não chega.

A mentira tem pernas curtas.

A mentiroso, boa memória.

A merda é a mesma, as moscas é que mudam.

A merda é a mesma, as moscas é que mudaram.

A mesa do rico insulta a fome do pobre.

A mesa lauta, muitas vezes, conduz à pobreza.

À mesa não se envelhece.

A mesma terra produz rosas e cardos.

A metade da obra tem feito quem começa bem.

A metade da obra tem feito quem começa bem e com jeito.

A metade da obra tem feito, quem começa com jeito.

A metade da obra tem feito, quem começa com tempo.

A metade do mundo não sabe como vive a outra metade.

A metade é mais do que o todo.

A mim não, que sou macaco velho.

A mim não, que sou perro velho.

À míngua de pão, boas são as tortas.

À míngua de pão, broas tortas.

À minha custa aprendi a fazer bem.

A minha custa aprendi a fazer o bem.

A minha estrela assim o quis.

A minha pereira terá peras.

A minha terra é onde me vai bem.

A missa é acabada, partamos à obrada.

A missa se derranca com muito "amém".

A moça, como é criada; a estopa, como é fiada.

A moça a aprazer e a velha a beber gastam o seu haver.

A moça a quem bem sabe o pão, perdido é o alho que lhe dão.

A moça e o menino no verão hão frio.

A moça em se enfeitar e a velha em beber gastam todo o seu haver.

A moça louçã se rende à barba cã.

A moça má torna a ama brava.

A moça no telhado não anda a bom recado.

À moça que seja boa, e ao moço que tenha ofício, não podes dar-lhes melhor benefício.

A moça virtuosa, Deus a esposa.

A mocidade comete faltas, e a velhice as expia.

A mocidade é defeito que se corrige dia a dia.

A mocidade goza sem reflexão; padece com ela a velhice.

A mocidade ociosa, velhice trabalhosa.

A mocidade ociosa, velhice vergonhosa.

A mocidade passa, mas as recordações ficam.

A mocidade viciosa faz provisão de achaques para a velhice.

A moço ataviado, mulher ao lado.

A moço mal maridado, ponde a mesa e mandai-o com recado.

A moda é o tormento dos sábios e o ídolo dos loucos.

A moderação dos grandes limita apenas os seus vícios.

A moderação faz a duração.

A moderação nas coisas é o todo delas.

A modéstia atrai a benevolência; a vaidade afugenta-a.

A modéstia é um véu delicado que se esconde para dar maior valor.

A modéstia mais ressalta em quem confessa a sua falta.

A moeda má expulsa a boa.

A moeda tem duas faces.

A montanha pariu um rato.

A mor pressa é o mor pagar.

A mor pressa é o mor vagar.

A mor pressa, maior vagar.

A moral está na cabeça, e a moralidade, no coração.

A mordedura de uma serpente é menos cruel que a ingratidão de um filho.

A morte a todos iguala.

A morte até matar mata.

A morte com honra desassombra.

A morte com honra não desonra.

A morte cresce em nós como uma flor.

A morte de cada um já está em edital.

À morte do meu marido, pouca cara e muito gemido.

A morte é a coroa de todos na terra.

À morte e à sorte ninguém foge.

A morte é certa, a hora é incerta.

A morte é niveladora: iguala todos os viventes.

A morte é o fim da vida.

A morte é o fim de todos os males.

A morte faz todos iguais.

A morte iguala todos os viventes.

A morte leva os bons e deixa os ruins.

A morte liquida as contas.

À morte não há casa forte.

A morte não escolhe idade.

A morte não escolhe idades.

A morte não escolhe nem reis nem pobres.

À morte não há casa forte.

À morte não há coisa forte.

A morte não poupa nem o fraco nem o forte.

A morte não poupa o fraco nem o forte.

A morte nivela todos.

A morte nivela tudo.

À morte, o remédio é abrir-lhe a boca.

À morte, o remédio é abrir-lhe a cova.

A morte que der a ventura, essa se sofra.

A morte sempre tem uma desculpa.

A morte tudo nivela.

A mortos e idos não há amigos.

A mosca nunca pousa senão na fraqueza.

A mouro morto, grande lançada.

A muita abastança não farta, mas enfastia.

A muita cera queima a igreja.

A muita confiança nunca causou pouca pena.

A muita cortesia é espécie de engano.

A muita facilidade é em parte doidice.

A muita familiaridade causa menosprezo.

A muita repreensão busca mui poucos amigos.

A muito entendimento, baixa fortuna.

A muito entendimento, dinheiro pouco.

A muito entendimento, fortuna pouca.

A muitos o bem faz mal.

A mula boa, como a viúva, deve ser gorda e ligeira.

A mula, com afago; o cavalo, com castigo.

A mula com mataduras, nem cevada nem ferraduras.

A mula de vilão, mula é de verão.

A mula e a mulher com afagos fazem os mandados.

A mula e a mulher com pau se quer.

A mula velha, cabeçada nova.

A mula velha, cabeçadas novas.

A mulher, ainda que rica seja, se é pedida, mais deseja.

A mulher andeira diz de todos, e todos dizem dela.

A mulher andeja diz de todos, e todos dela.

A mulher boa é prata que muito soa.

A mulher boa, prata é que muito soa.

À mulher brava, corda larga.

À mulher brava, soga larga.

À mulher casada e amigada, laço corredio em corda ensebada.

A mulher casada no monte é alojada.

À mulher casada, o marido lhe basta.

À mulher casta, Deus lhe basta.

A mulher cheira bem quando a nada cheira.

A mulher chora antes do casamento, o homem, depois.

A mulher chora por dor e canta por manha.

A mulher, como a franga, que caiba na manga.

A mulher de boa vida não teme o homem de má língua.

A mulher de bom recado enche a casa até o telhado.

A mulher de bondade, outrem fale e ela cale.

A mulher de César está acima de qualquer suspeita.

À mulher de César não convêm suspeitas.

A mulher de César não pode ser sequer suspeitada.

A mulher de mercador que fia, escrivão que pergunta pelo dia e oficial que vai à caça, não há mercê que lhe Deus faça.

A mulher do cego para quem se enfeita?

A mulher e a cachorra, a que mais cala, é a mais boa.

A mulher e a cachorra, a que mais cala, é a melhor.

A mulher e a cachorra, a que mais cala, mais zorra.

A mulher e a cereja, para seu mal se enfeita.

A mulher e a colher só não faz o que não quer.

A mulher e a galinha, até a casa da vizinha.

A mulher e a galinha, com o sol recolhida.

A mulher e a galinha não se deixa passear.

A mulher e a galinha não se deixa passear: a galinha o bicho come, a mulher dá que falar.

A mulher e a galinha, por andar, se perde asinha.

A mulher e a galinha são bichos interesseiros: a galinha pelo milho e a mulher pelo dinheiro.

A mulher e a galinha, só até a casa da vizinha.

À mulher e à galinha, torce-lhe o colo, se a queres fazer boa.

À mulher e à galinha, torcer-lhe o pescoço, para a fazer boa.

À mulher e à galinha, torcer-lhe o pescoço se a quiseres fazer boa.

A mulher e a loba, no escolher.

A mulher é a mais bela criação da natureza, mas é também a mais perigosa.

A mulher e a meloa – só a calada é que é boa.

A mulher e a mula, o pau as cura.

A mulher e o dinheiro dos outros é sempre melhor.

A mulher e a ovelha, com o sol à cortelha.

A mulher e a pega, a que cala é boa.

A mulher e a pega falam o que dizem na praça.

À mulher e à pera, a que cata é a boa.

A mulher e a sardinha, a pequenina.

A mulher e a sardinha, a pequenininha.

A mulher e a sardinha, nem da maior nem da mais pequenina.

A mulher e a sardinha, quanto maior, mais daninha.

A mulher e a seda, de noite à candeia.

A mulher e a seda, escolhe-as de dia, e não à candeia.

A mulher e a vaca busca atrás da casa.

À mulher e à vinha, o homem dá alegria.

A mulher e a vinha, o homem lhe dá alegria.

A mulher é como o gato, que mia quando namora, porém, assim que se3 casa, põe logo as unhas de fora.

A mulher é como rosa formosa, mas tem espinhos.

A mulher é loba no escolher.

A mulher e o cão de caça, procurai-os pela raça.

A mulher e o cristal, se se quebram uma vez, não se podem mais soldar.

A mulher é o cura do lar doméstico.

A mulher e o melão, o calado é o melhor.

A mulher e o pedrado quer-se pisado.

A mulher e o peixe no mar são difíceis de agarrar.

A mulher e o rapaz são pouco amigos da paz.

A mulher e o reino não se podem bem partir.

A mulher e o vidro estão sempre em perigo.

A mulher e o vinho enganam o mais fino.

A mulher e o vinho fazem errar o caminho.

A mulher e o vinho tiram o homem de seu juízo.

A mulher é um cata-vento: vai ao vento que soprar.

A mulher é um animal de cabelos longos e idéias curtas.

A mulher é um ente de cabelos compridos e idéias curtas.

A mulher é um mal necessário.

A mulher é ventarola: ou nos dá bom vento, ou nos põe a viola.

A mulher formosa tira o nome a seu marido.

A mulher grávida aos três meses encobre, aos quatro quer e não pode.

A mulher honrada sempre deve ser calada.

A mulher, inda que rica seja, se é pedida, mais deseja.

À mulher louca, antes rabeca que roca.

À mulher louca mais agrada o pandeiro que a touca.

A mulher louca pela vista compra a touca.

A mulher muito louçã dar-se quer à vida vã.

A mulher não muda fé.

À mulher nenhum espelho chamou feia.

À mulher nenhuma o espelho chamou feia.

A mulher, o estudo, a experiência e o vinho mudam a natureza do homem.

A mulher, o fogo e os mares são três males.

A mulher, o jogo e o vinho fazem errar o caminho.

A mulher ociosa nunca fez bom feito.

A mulher ou moça boa prata é que muito soa.

À mulher parida e à teia urdida, nunca lhes falta guarida.

A mulher, por rica que seja, se a pedem, muito mais deseja.

A mulher que dá no homem, na terra do demo morre.

A mulher que muito se mira, pouco fia.

A mulher que não vela, não faz grande teia.

A mulher que não vela, não faz larga teia.

A mulher que não vela, não faz larga tela.

A mulher que pouco fia, sempre faz ruim camisa.

A mulher que sempre fia, sempre traz má camisa.

A mulher que te quer, não dirá o que em ti houver.

A mulher que te quiser, não dirá o que em ti houver.

A mulher rabiadeira é como água em joeira.

A mulher ri quando pode e chora quando quer.

À mulher, roca, e ao marido, espada.

A mulher rogada e a olha repousada.

A mulher sara e adoece quando quer.

A mulher, sem pôr o pé, faz pegada.

A mulher velha, cabeçada nova.

A mulher velha, cabeçadas novas.

A multidão tem muitas cabeças, mas não tem cérebro.

A murmuração passa, o dinheiro fica.

A natural inclinação vence tudo.

A natureza a todos dá o que lhe convém.

A natureza bem regida pouco há mister.

A natureza com pouco é contente.

A natureza com pouco se contenta.

A natureza cria o bom e o mau.

A natureza criou os prazeres; o homem criou os excessos.

A natureza é uma grande mestra: jamais erra.

A natureza humana com força se justifica.

A natureza suplanta a educação.

A natureza tem horror ao vácuo.

A natureza tem limites, a imaginação não os tem.

A navio roto todo vento é contrário.

A navio roto todos os ventos são contrários.

A necessidade aguça o engenho.

A necessidade aguça o entendimento.

A necessidade aguça o talento.

A necessidade carece de lei.

A necessidade conduz a Deus.

A necessidade é a mãe do engenho.

A necessidade é inimiga da virtude.

A necessidade é mãe da indústria.

A necessidade é mãe da invenção.

A necessidade é mãe das invenções.

A necessidade é mestra.

A necessidade é mestra da vida.

A necessidade em toda coisa é trabalhosa.

A necessidade ensina a lebre a correr.

A necessidade ensina a rezar.

A necessidade ensina a sofrer.

A necessidade esperta a preguiça.

A necessidade esperta o engenho.

A necessidade espicaça o engenho.

A necessidade estimula o talento.

A necessidade faz a lei.

A necessidade faz a lei e não se resigna a recebê-la.

A necessidade faz a razão.

A necessidade faz lei.

A necessidade faz o ladrão.

A necessidade faz o sapo pular.

A necessidade faz o sapo saltar.

A necessidade faz o velho andar de chouto.

A necessidade faz os homens espertos.

A necessidade força a fazer o que não se deve.

A necessidade mete a velha a caminho.

A necessidade mui pouco descanso tem.

A necessidade não sofre espera.

A necessidade não tem lei.

A necessidade não tem lei e ensina mais que um rei.

A necessidade não tem lei, mas a da fome sobre todas pode.

A necessidade põe a velha a caminho.

A necessidade tem cara de herege.

A negligência corrompe o ânimo.

A negligência é madrasta das virtudes.

A negligência grande é causa de muito mal.

A ninguém contenta quem de nada está contente.

A ninguém lhe parecem poucas as suas afrontas.

A nenhum coxo esqueceu as muletas.

A neve alva, pisa-a o fidalgo, e a negra pimenta, come-a o fidalgo.

A nobreza adquire-se vivendo, não nascendo.

A nobreza impõe deveres.

A nódoa que põe a amora, com outra verde se tira.

A noite coroa o dia.

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