PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS
Indice Bibliografia A1 A2 A3 A4 A5 A6
A isca é que engana, e não o pescador que tem a cana.
A juiz fraco, estomentá-lo.
A juiz ladrão, com os pés na mão.
A justa e boa petição traz bom despacho consigo.
A justiça a todos agrada, mas ninguém a quer em casa.
A justiça a todos agrada, mas ninguém a quer em sua casa.
A justiça a todos guarda, mas ninguém a quer em casa.
A justiça a todos guarda, mas ninguém a quer em sua casa.
A justiça começa por casa.
A justiça, como as mãos do cirurgião, com quanto mais levidão cura, melhor é.
A justiça de Deus é infalível.
A justiça de Deus tarda, mas não falha.
A justiça de Deus tarda, mas não falta.
A justiça divina tarda, mas não falha.
A justiça e a razão vencem tudo.
A justiça é cega.
A justiça não conhece pai nem mãe, mas a verdade.
A justiça não dorme.
A justiça, para ser boa, começa por casa.
A justiça procura o culpado; a eqüidade procura o inocente.
A justiça sem a força é impotente; a força sem a justiça é tirania.
A justiça sem o poder é impotente; o poder sem a justiça é tirania.
A justiça sem razão é a própria sem razão.
A justiça tarda, mas não falha.
A justiça tem sete mangas, e, em cada manga, sete capelos.
A justiça tem sete mangas, e, em cada manga, sete manhas.
A justos não se devem pedir coisas injustas.
A juventude deve seguir seu curso.
A juventude é extravagante: salta por cima do riacho quando há uma ponte ao lado.
A juventude é uma flor que passa.
A la larga, o galgo a lebre mata.
A lã não pesa à ovelha, e a barba não pesa ao bode.
A lã nunca pesou ao carneiro.
A ladrão de casa nada é vedado.
A ladrão de casa nada se esconde.
A ladrão de casa não há chave.
A ladrão fino não furtes castão.
A lágrimas de mulher não há casa forte.
A lama dos moços dá pela barba e aos velhos pela braga.
A lampreia faz a bolsa feia.
À laranja e ao fidalgo, o que quiser; ao limão e ao vilão, o que tiver.
A laranja pela manhã é ouro; ao meio dia, prata; à tarde, cobre, e à noite mata.
À larga, o galgo a lebre mata.
A lavrador descuidado os ratos comem o semeado.
A lavrador descuidado, os ratos lhe comem o semeado.
A lavrador preguiçoso levam os ratos o precioso.
A lebre é de quem a levanta, e o coelho de quem o mata.
A lei de amar é como a de reinar: não sofre dois.
A lei de reinar é como a de amar.
A lei deve ser como a morte: não excetuar ninguém.
A lei é dura, mas é a lei.
A lei é dura, mas é lei.
A lei, lei é.
A lei não tem efeito retroativo.
A lei protege os fortes.
A lei protege os grandes.
A lei vê o irado, o irado não vê a lei.
A leitura encanta os felizes e consola os desgraçados.
A lenha quanto mais seca, mais arde.
A lenha sustenta o lume.
A lenha torta dá fogo direito.
A letra com sangue entra.
A letra entra com sangue.
A letra mata, o espírito vivifica.
A letra prescreve, desde que o velhaco assina.
A letra prescreve quando o velhaco assina.
A liberalidade faz os príncipes amados.
A liberdade de imprensa é a respiração do corpo social.
A liberdade vale ouro.
A lição do futuro existe na contemplação do passado.
A lima lima a lima.
À limpeza Deus amou; mais amou quem a guardou.
A língua bate onde dói o dente.
A língua da gente é correia da pele.
A língua das mulheres é a sua espada.
A língua do maldizente e a orelha do que o ouve, são irmãs.
A língua do maldizente e o ouvido do que ouve são irmãos.
A língua dum praguento é pincel do demônio.
A língua enganosa não ama a verdade.
A língua fala à custa da cabeça.
A língua longa é sinal de mão curta.
A língua malvada corta mais que a espada.
A língua não é de aço, mas corta.
A língua não mente o que o coração sente.
A língua não tem osso, mas quebra osso.
A língua não tem osso, mas quebra ossos.
A língua tem poder de vida e de morte.
A língua vai aonde dói o dente.
A língua volta-se sempre para o dente que dói.
A linguagem da verdade é simples.
A linha reta é o menor caminho entre dois pontos.
A lisonja é uma moeda falsa, que só tem curso pela nossa vaidade.
A lisonja não é prazer senão para os tolos.
A lisonja tem seu silêncio como tem a sua linguagem.
A lisonjaria a toda orelha é doce.
A lisonjaria cria amigos e a verdade ódios.
A lisonjeiro, fazer mau rosto.
A lua é calma e tem vulcões no seio.
A lua e o amor, quando não crescem, diminuem.
A lua não fica cheia num dia.
A lua, onde está, logo aparece.
A luta contra a desgraça é inútil.
À luz da candeia, faz tua meia.
A luz onde está, logo aparece.
A luz que vai adiante é que alumia.
A má ação envergonha quem a pratica, não quem a recebe.
A má ação fica com quem a pratica.
A má cama, colchão de vinho.
A má chaga cura-se; a má fama mata.
A má chaga, má erva.
A má chaga sara, e a má fama cresce sempre.
A má chaga sara, e a má fama mata.
A má companhia torna o bom mau, e o mau pior.
A má erva depressa nasce e tarde envelhece.
A má erva depressa nasce e tudo envelhece.
A má erva mata a boa.
A má erva, se não se arranca, cada dia se multiplica.
A má fama não mata a geada.
A má fortuna nunca foi louvada.
A má hora depressa nasce e depressa melhora.
A má hora depressa nasce e depressa morre.
A má irmã não te ama.
À má língua, tesoura.
A má mulher é açoite do homem.
A má nova depressa nasce e depressa melhora.
A má paga venha em palha.
A má pele não se muda.
À má sorte, boa cara.
À má sorte, envidar forte.
A má ventura sempre é queixosa.
À má vizinha dá agulha sem linha.
À má vizinha empresta a agulha sem linha.
A maçã podre estraga a companheira.
A macaco velho não se ensina a fazer caretas.
A madrugada só sabe bem depois de feita.
A mãe aguçosa faz a filha preguiçosa.
A mãe e a filha, por dar, se fazem amigas.
A magnificência encurta a beneficência.
A mágoa aparta amor.
A magra baila na boda, e não a gorda.
A maior arte consiste em encobrir a arte.
A maior destruição que o homem de si tem, é o mesmo outro homem.
A maior dor é aquela que se está sentindo.
A maior intensidade do mal anuncia, ordinariamente, a sua menor duração.
A maior jornada começa por um passo.
A maior jornada é sair de casa.
A maior pressa é o maior vagar.
A maior ventura é a menos segura.
A maior ventura é a que menos dura.
A maior vingança é o desprezo.
A mais bela das virtudes é perdoar.
A mais certa alcoviteira que as filhas têm, é a sua própria mãe.
A mais certa alcoviteira que os filhos têm, é a sua própria mãe.
A mais forte despesa que se pode fazer, é a do tempo.
A mais mouros, mais ganância.
A mais obriga um rosto bem ensombrado, que um homem armado.
A mais rica das rendas é a economia.
A mais ruim ovelha, do fato suja o tarro.
A mais temível valentia é a que impõe a necessidade.
A mais terrível valentia é a que impõe a necessidade.
A mal desesperado, remédio heróico.
A maldade é uma grande enfermidade da alma.
A maldade consigo se castiga.
A maldade e a discrição são os pilotos do mundo.
A malícia, quem não a faz, não a cuida.
A malícia tem vista fraca e memória forte.
A maluco, maluco e meio.
A mancebo mau, com mão e com pau.
A mancebo mau, com pão e com pau.
A mandriice é o chamariz da mosca.
A maneira mais rápida de se tocar a boiada é devagar.
A mão direita não deve saber o bem que faz a esquerda.
A mão na dor e o olho no amor.
A mão na dor, o olho no amor.
A mãos lavadas, Deus lhes dá que comam.
A marido, serve-o como amigo, e guarda-te dele como inimigo.
A más fadas, más bragas.
A más fadas, más brasas.
A mau amo hás de agradar, com medo de empiorar.
A mau amo, mau moço.
A mau bácoro, boa lande.
A mau capelão, mau sacristão.
A mau falador, discreto ouvidor.
A mau fodedor até o colhões atrapalham.
A mau fodedor até os pentelhos atrapalham.
A mau moço, mau amo.
A mau pagador, em farelos.
A medicina ensina a curar os doentes; a arte da guerra, a matar os sãos.
A médico, confessor e letrado nunca enganes.
A medida do ter nunca enche.
A medida geral das ações humanas é o interesse.
À medida que a razão cresce, o instinto enfraquece.
A melancolia alumia e destrói.
A melhor companhia acha-se numa escolhida livraria.
A melhor cozinheira é a azeiteira.
A melhor defesa é o ataque.
A melhor entidade da terra é uma boa mulher, e a pior peste, a que é má.
A melhor espiga é para o pior porco.
A melhor espiga é sempre para o pior porco.
A melhor esposa é aquela de quem ninguém diz nem mal nem bem.
A melhor lã, come-a a traça.
A melhor mostarda é a fome.
A melhor palavra é a que está por dizer.
A melhor vingança é o desprezo.
A memória das injúrias dura mais que a dos benefícios.
A memória do credor é melhor que a do devedor.
A memória do prazer passado acrescenta a dor presente.
A mentira é como uma bola de neve: quanto mais rola, mais engrossa.
A memória é o estojo da ciência.
A meninos e a santos do altar não prometas para faltar.
A mente ociosa é o jardim do diabo.
A mentira corre mais que a verdade.
A mentira corre, mas a verdade a apanha.
A mentira é o autor de toda a maldade.
A mentira monta na garupa da dúvida.
A mentira não tem pejo.
A mentira não tem pés.
A mentira sempre é vencida.
A mentira só dura enquanto a verdade não chega.
A mentira tem pernas curtas.
A mentiroso, boa memória.
A merda é a mesma, as moscas é que mudam.
A merda é a mesma, as moscas é que mudaram.
A mesa do rico insulta a fome do pobre.
A mesa lauta, muitas vezes, conduz à pobreza.
À mesa não se envelhece.
A mesma terra produz rosas e cardos.
A metade da obra tem feito quem começa bem.
A metade da obra tem feito quem começa bem e com jeito.
A metade da obra tem feito, quem começa com jeito.
A metade da obra tem feito, quem começa com tempo.
A metade do mundo não sabe como vive a outra metade.
A metade é mais do que o todo.
A mim não, que sou macaco velho.
A mim não, que sou perro velho.
À míngua de pão, boas são as tortas.
À míngua de pão, broas tortas.
À minha custa aprendi a fazer bem.
A minha custa aprendi a fazer o bem.
A minha estrela assim o quis.
A minha pereira terá peras.
A minha terra é onde me vai bem.
A missa é acabada, partamos à obrada.
A missa se derranca com muito "amém".
A moça, como é criada; a estopa, como é fiada.
A moça a aprazer e a velha a beber gastam o seu haver.
A moça a quem bem sabe o pão, perdido é o alho que lhe dão.
A moça e o menino no verão hão frio.
A moça em se enfeitar e a velha em beber gastam todo o seu haver.
A moça louçã se rende à barba cã.
A moça má torna a ama brava.
A moça no telhado não anda a bom recado.
À moça que seja boa, e ao moço que tenha ofício, não podes dar-lhes melhor benefício.
A moça virtuosa, Deus a esposa.
A mocidade comete faltas, e a velhice as expia.
A mocidade é defeito que se corrige dia a dia.
A mocidade goza sem reflexão; padece com ela a velhice.
A mocidade ociosa, velhice trabalhosa.
A mocidade ociosa, velhice vergonhosa.
A mocidade passa, mas as recordações ficam.
A mocidade viciosa faz provisão de achaques para a velhice.
A moço ataviado, mulher ao lado.
A moço mal maridado, ponde a mesa e mandai-o com recado.
A moda é o tormento dos sábios e o ídolo dos loucos.
A moderação dos grandes limita apenas os seus vícios.
A moderação faz a duração.
A moderação nas coisas é o todo delas.
A modéstia atrai a benevolência; a vaidade afugenta-a.
A modéstia é um véu delicado que se esconde para dar maior valor.
A modéstia mais ressalta em quem confessa a sua falta.
A moeda má expulsa a boa.
A moeda tem duas faces.
A montanha pariu um rato.
A mor pressa é o mor pagar.
A mor pressa é o mor vagar.
A mor pressa, maior vagar.
A moral está na cabeça, e a moralidade, no coração.
A mordedura de uma serpente é menos cruel que a ingratidão de um filho.
A morte a todos iguala.
A morte até matar mata.
A morte com honra desassombra.
A morte com honra não desonra.
A morte cresce em nós como uma flor.
A morte de cada um já está em edital.
À morte do meu marido, pouca cara e muito gemido.
A morte é a coroa de todos na terra.
À morte e à sorte ninguém foge.
A morte é certa, a hora é incerta.
A morte é niveladora: iguala todos os viventes.
A morte é o fim da vida.
A morte é o fim de todos os males.
A morte faz todos iguais.
A morte iguala todos os viventes.
A morte leva os bons e deixa os ruins.
A morte liquida as contas.
À morte não há casa forte.
A morte não escolhe idade.
A morte não escolhe idades.
A morte não escolhe nem reis nem pobres.
À morte não há casa forte.
À morte não há coisa forte.
A morte não poupa nem o fraco nem o forte.
A morte não poupa o fraco nem o forte.
A morte nivela todos.
A morte nivela tudo.
À morte, o remédio é abrir-lhe a boca.
À morte, o remédio é abrir-lhe a cova.
A morte que der a ventura, essa se sofra.
A morte sempre tem uma desculpa.
A morte tudo nivela.
A mortos e idos não há amigos.
A mosca nunca pousa senão na fraqueza.
A mouro morto, grande lançada.
A muita abastança não farta, mas enfastia.
A muita cera queima a igreja.
A muita confiança nunca causou pouca pena.
A muita cortesia é espécie de engano.
A muita facilidade é em parte doidice.
A muita familiaridade causa menosprezo.
A muita repreensão busca mui poucos amigos.
A muito entendimento, baixa fortuna.
A muito entendimento, dinheiro pouco.
A muito entendimento, fortuna pouca.
A muitos o bem faz mal.
A mula boa, como a viúva, deve ser gorda e ligeira.
A mula, com afago; o cavalo, com castigo.
A mula com mataduras, nem cevada nem ferraduras.
A mula de vilão, mula é de verão.
A mula e a mulher com afagos fazem os mandados.
A mula e a mulher com pau se quer.
A mula velha, cabeçada nova.
A mula velha, cabeçadas novas.
A mulher, ainda que rica seja, se é pedida, mais deseja.
A mulher andeira diz de todos, e todos dizem dela.
A mulher andeja diz de todos, e todos dela.
A mulher boa é prata que muito soa.
A mulher boa, prata é que muito soa.
À mulher brava, corda larga.
À mulher brava, soga larga.
À mulher casada e amigada, laço corredio em corda ensebada.
A mulher casada no monte é alojada.
À mulher casada, o marido lhe basta.
À mulher casta, Deus lhe basta.
A mulher cheira bem quando a nada cheira.
A mulher chora antes do casamento, o homem, depois.
A mulher chora por dor e canta por manha.
A mulher, como a franga, que caiba na manga.
A mulher de boa vida não teme o homem de má língua.
A mulher de bom recado enche a casa até o telhado.
A mulher de bondade, outrem fale e ela cale.
A mulher de César está acima de qualquer suspeita.
À mulher de César não convêm suspeitas.
A mulher de César não pode ser sequer suspeitada.
A mulher de mercador que fia, escrivão que pergunta pelo dia e oficial que vai à caça, não há mercê que lhe Deus faça.
A mulher do cego para quem se enfeita?
A mulher e a cachorra, a que mais cala, é a mais boa.
A mulher e a cachorra, a que mais cala, é a melhor.
A mulher e a cachorra, a que mais cala, mais zorra.
A mulher e a cereja, para seu mal se enfeita.
A mulher e a colher só não faz o que não quer.
A mulher e a galinha, até a casa da vizinha.
A mulher e a galinha, com o sol recolhida.
A mulher e a galinha não se deixa passear.
A mulher e a galinha não se deixa passear: a galinha o bicho come, a mulher dá que falar.
A mulher e a galinha, por andar, se perde asinha.
A mulher e a galinha são bichos interesseiros: a galinha pelo milho e a mulher pelo dinheiro.
A mulher e a galinha, só até a casa da vizinha.
À mulher e à galinha, torce-lhe o colo, se a queres fazer boa.
À mulher e à galinha, torcer-lhe o pescoço, para a fazer boa.
À mulher e à galinha, torcer-lhe o pescoço se a quiseres fazer boa.
A mulher e a loba, no escolher.
A mulher é a mais bela criação da natureza, mas é também a mais perigosa.
A mulher e a meloa – só a calada é que é boa.
A mulher e a mula, o pau as cura.
A mulher e o dinheiro dos outros é sempre melhor.
A mulher e a ovelha, com o sol à cortelha.
A mulher e a pega, a que cala é boa.
A mulher e a pega falam o que dizem na praça.
À mulher e à pera, a que cata é a boa.
A mulher e a sardinha, a pequenina.
A mulher e a sardinha, a pequenininha.
A mulher e a sardinha, nem da maior nem da mais pequenina.
A mulher e a sardinha, quanto maior, mais daninha.
A mulher e a seda, de noite à candeia.
A mulher e a seda, escolhe-as de dia, e não à candeia.
A mulher e a vaca busca atrás da casa.
À mulher e à vinha, o homem dá alegria.
A mulher e a vinha, o homem lhe dá alegria.
A mulher é como o gato, que mia quando namora, porém, assim que se3 casa, põe logo as unhas de fora.
A mulher é como rosa formosa, mas tem espinhos.
A mulher é loba no escolher.
A mulher e o cão de caça, procurai-os pela raça.
A mulher e o cristal, se se quebram uma vez, não se podem mais soldar.
A mulher é o cura do lar doméstico.
A mulher e o melão, o calado é o melhor.
A mulher e o pedrado quer-se pisado.
A mulher e o peixe no mar são difíceis de agarrar.
A mulher e o rapaz são pouco amigos da paz.
A mulher e o reino não se podem bem partir.
A mulher e o vidro estão sempre em perigo.
A mulher e o vinho enganam o mais fino.
A mulher e o vinho fazem errar o caminho.
A mulher e o vinho tiram o homem de seu juízo.
A mulher é um cata-vento: vai ao vento que soprar.
A mulher é um animal de cabelos longos e idéias curtas.
A mulher é um ente de cabelos compridos e idéias curtas.
A mulher é um mal necessário.
A mulher é ventarola: ou nos dá bom vento, ou nos põe a viola.
A mulher formosa tira o nome a seu marido.
A mulher grávida aos três meses encobre, aos quatro quer e não pode.
A mulher honrada sempre deve ser calada.
A mulher, inda que rica seja, se é pedida, mais deseja.
À mulher louca, antes rabeca que roca.
À mulher louca mais agrada o pandeiro que a touca.
A mulher louca pela vista compra a touca.
A mulher muito louçã dar-se quer à vida vã.
A mulher não muda fé.
À mulher nenhum espelho chamou feia.
À mulher nenhuma o espelho chamou feia.
A mulher, o estudo, a experiência e o vinho mudam a natureza do homem.
A mulher, o fogo e os mares são três males.
A mulher, o jogo e o vinho fazem errar o caminho.
A mulher ociosa nunca fez bom feito.
A mulher ou moça boa prata é que muito soa.
À mulher parida e à teia urdida, nunca lhes falta guarida.
A mulher, por rica que seja, se a pedem, muito mais deseja.
A mulher que dá no homem, na terra do demo morre.
A mulher que muito se mira, pouco fia.
A mulher que não vela, não faz grande teia.
A mulher que não vela, não faz larga teia.
A mulher que não vela, não faz larga tela.
A mulher que pouco fia, sempre faz ruim camisa.
A mulher que sempre fia, sempre traz má camisa.
A mulher que te quer, não dirá o que em ti houver.
A mulher que te quiser, não dirá o que em ti houver.
A mulher rabiadeira é como água em joeira.
A mulher ri quando pode e chora quando quer.
À mulher, roca, e ao marido, espada.
A mulher rogada e a olha repousada.
A mulher sara e adoece quando quer.
A mulher, sem pôr o pé, faz pegada.
A mulher velha, cabeçada nova.
A mulher velha, cabeçadas novas.
A multidão tem muitas cabeças, mas não tem cérebro.
A murmuração passa, o dinheiro fica.
A natural inclinação vence tudo.
A natureza a todos dá o que lhe convém.
A natureza bem regida pouco há mister.
A natureza com pouco é contente.
A natureza com pouco se contenta.
A natureza cria o bom e o mau.
A natureza criou os prazeres; o homem criou os excessos.
A natureza é uma grande mestra: jamais erra.
A natureza humana com força se justifica.
A natureza suplanta a educação.
A natureza tem horror ao vácuo.
A natureza tem limites, a imaginação não os tem.
A navio roto todo vento é contrário.
A navio roto todos os ventos são contrários.
A necessidade aguça o engenho.
A necessidade aguça o entendimento.
A necessidade aguça o talento.
A necessidade carece de lei.
A necessidade conduz a Deus.
A necessidade é a mãe do engenho.
A necessidade é inimiga da virtude.
A necessidade é mãe da indústria.
A necessidade é mãe da invenção.
A necessidade é mãe das invenções.
A necessidade é mestra.
A necessidade é mestra da vida.
A necessidade em toda coisa é trabalhosa.
A necessidade ensina a lebre a correr.
A necessidade ensina a rezar.
A necessidade ensina a sofrer.
A necessidade esperta a preguiça.
A necessidade esperta o engenho.
A necessidade espicaça o engenho.
A necessidade estimula o talento.
A necessidade faz a lei.
A necessidade faz a lei e não se resigna a recebê-la.
A necessidade faz a razão.
A necessidade faz lei.
A necessidade faz o ladrão.
A necessidade faz o sapo pular.
A necessidade faz o sapo saltar.
A necessidade faz o velho andar de chouto.
A necessidade faz os homens espertos.
A necessidade força a fazer o que não se deve.
A necessidade mete a velha a caminho.
A necessidade mui pouco descanso tem.
A necessidade não sofre espera.
A necessidade não tem lei.
A necessidade não tem lei e ensina mais que um rei.
A necessidade não tem lei, mas a da fome sobre todas pode.
A necessidade põe a velha a caminho.
A necessidade tem cara de herege.
A negligência corrompe o ânimo.
A negligência é madrasta das virtudes.
A negligência grande é causa de muito mal.
A ninguém contenta quem de nada está contente.
A ninguém lhe parecem poucas as suas afrontas.
A nenhum coxo esqueceu as muletas.
A neve alva, pisa-a o fidalgo, e a negra pimenta, come-a o fidalgo.
A nobreza adquire-se vivendo, não nascendo.
A nobreza impõe deveres.
A nódoa que põe a amora, com outra verde se tira.
A noite coroa o dia.