PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS
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Não atires foguetes antes da festa.
Não basta ir ao rio com vontade de pescar; é preciso levar rede.
Não basta numa nação a força sem a união.
Não basta ser bom, mas também é necessário parecê-lo.
Não basta ser bom, senão parecê-lo.
Não bastam estopas para calar tantas bocas.
Não batas em homem morto.
Não bater prego sem estopa.
Não bebas coisa que não vejas, nem assines carta que não leias.
Não bebas em botica nem pegues em ferreiro.
Não bebe na taberna, mas folga nela.
Não bulas baralhas velhas, nem metas mãos entre duas pedras.
Não bulas em casa de maribondo.
Não busques o figo na ameixeira.
Não busques o pão no focinho do cão.
Não busques para amigo nem rico nem nobre, mas o bom, ainda que seja pobre.
Não cabe na bainha.
Não caber em si de contentamento.
Não caber na pele de contentamento.
Não caber na pele de contente.
Não cabíamos ao fogo, e vem meu sogro.
Não caça do coração senão o dono do furão.
Não cai o mosteiro por falta de um frade.
Não cantes ao asno, que te responde a coices.
Não cantes glória antes que chegue a vitória.
Não cantes vitória antes do tempo.
Não cases filho alheio, que não sabes qual sairá.
Não cavalgues em potro, nem gabes tua mulher a outro.
Não caves a própria sepultura.
Não chameis grande um homem, senão depois de ele deixar de existir.
Não chames papagaio de meu louro.
Não chegues à forca, que não te enforcarão.
Não coiceies contra o aguilhão.
Não com quem nasces, senão com quem pasces.
Não comas cardos com dentes emprestados.
Não comas cru, nem andes com o pé nu.
Não comas lampreia, que tem a boca feia.
Não comas mel onde água não houver.
Não comas muito queijo, nem de moço esperes conselho.
Não comas quente, não perderás o dente.
Não comer por ter comido não é doença de perigo.
Não comer por ter comido não é mal de sentido.
Não comprar bonde.
Não compreender bulhufas.
Não compres burro de recoveiro, nem cases com filha de estalajadeiro.
Não compres com as orelhas, mas com os olhos.
Não compres com os ouvidos, mas com os olhos.
Não compres de ladrão, nem faças fogo de carvão.
Não compres de lobo a carne.
Não compres de regateira, nem te descuides em mesa.
Não compres malhada, nem vinha desamparada.
Não compres mula manca, cuidando que há de sarar, nem cases com mulher má, cuidando que se há de emendar.
Não compres nabos em saco.
Não compres o gato no saco.
Não compres o que não precisas, por mais barato que seja.
Não compres objetos inúteis, a pretexto de que são baratos.
Não concorda com o velho a moça.
Não confies em casa velha nem em amigo novo.
Não confundir Zé Germano com gênero humano.
Não conhecer bulhufas.
Não conhecer patavina.
Não consultes tua riqueza com quem está em pobreza.
Não contes com o amigo que se casa.
Não contes com o ovo no cu da galinha.
Não contes com o ovo no oveiro da galinha.
Não contes com o ovo no rabo da galinha.
Não contes com um amigo que se casa.
Não contes os pintos senão depois de nascidos.
Não contes tua pobreza a quem não te há de dar da sua fazenda.
Não contes tua pobreza a quem não te há de fazer rico.
Não convém ao porco contender com Minerva.
Não convém trocar o certo pelo duvidoso.
Não corre mais o que caminha, mas sim o que imagina.
Não corre mais o que mais caminha, mas sim o que mais imagina.
Não corrigir erros velhos é o mesmo que cometer erros novos.
Não cortes a pata do burro por um único coice.
Não cortes o que puderes desatar.
Não creais, marido, o que vedes, senão o que vos digo.
Não cresce erva em caminho batido.
Não cresce o rio com água limpa.
Não cria cão nem gato aquele que é velhaco.
Não crie cão a quem não sobeja pão.
Não crie cão quem não lhe sobeja pão.
Não crie cão quem não lhe sobra pão.
Não cries galinha onde a raposa mora, nem creias em mulher que chora.
Não cuides em filho alheio, que não sabes qual sairá.
Não cuides em filho alheio, que não sabes qual seja.
Não cures de ser picão, nem traves contra razão, se queres lograr tuas cãs com tuas queixadas sãs.
Não cuspas no poço cuja água bebas.
Não cuspas no prato em que comeste.
Não cuspas para o ar, que te pode cair o cuspo na cara.
Não cuspas para cima, que te cai na testa.
Não custa ir a pé, quando se leva o cavalo à rédea.
Não dá morcela senão quem mata borrega.
Não dá nem tem, senão quem quer bem.
Não dá o frade o que bem lhe sabe.
Não dá para um buraco de dente.
Não dá quem quer, senão quem tem.
Não dá quem tem, senão quem quer bem.
Não dar a mínima.
Não dar pelota.
Não dar por burro nem por albarda.
Não darei por isso um figo podre.
Não de olhos que choram, senão de mãos que trabalham.
Não deites azeite no fogo.
Não deites fogo à casa para matares os ratos.
Não deites pérolas a porcos.
Não deixar escapar camarão pela rede.
Não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje.
Não deixar pedra sobre pedra.
Não deixar udo nem miúdo.
Não deixes a estrada real para seguir o atalho.
Não deixes a ovelha a guardar ao lobo.
Não deixes caminho por atalho.
Não deixes nunca o certo pelo duvidoso.
Não deixes o certo pelo duvidoso.
Não deixes para amanhã o que hoje puderes fazer.
Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.
Não deixes para amanhã o que puderes fazer hoje.
Não deixes para amanhã o que se pode fazer hoje.
Não dês a morcela a quem mata borrega.
Não dês a ovelha a guardar ao lobo.
Não dês a ovelha para o lobo guardar.
Não dês a todos teu braço a torcer.
Não dês coice contra o aguilhão.
Não dês conselho a quem não pede.
Não dês murro em ponta de faca.
Não dês nunca teu braço a torcer.
Não dês o dedo ao vilão, porque te tomará a mão.
Não dês o peixe; ensina a pescar.
Não dês ovelhas a guardar ao lobo.
Não dês passo maior do que a perna.
Não dês ponto sem nó, nem fales sem confiança.
Não desejes mal a ninguém, que o teu pelo caminho vem.
Não desesperes do adjutório divino, nem da mulher de teu vizinho.
Não despendas o teu dinheiro antes de o teres ganho.
Não despertes o cão que dorme.
Não desprezes o roupão, por ser verão.
Não deve falar o roto do remendado.
Não deve falar o sujo do mal lavado.
Não deve o cavaleiro andar mais que o cavalo.
Não deves dar mal por mal, nem creias em oficial.
Não diga a língua o que pague a cabeça.
Não diga a língua por onde pague a cabeça.
Não digas ao velho que se deite, nem ao menino que se levante.
Não digas "Desta água não beberei; deste pão não comerei".
Não digas do burro antes de passar o atoleiro.
Não digas mal da mulher por ser brava.
Não digas mal de el-rei nem entre dentes, porque em toda parte tem parentes.
Não digas mal do ano até que seja passado.
Não digas o que sabes, sem saber o que dizes.
Não digas segredo ao teu amigo, porque ele outro tem.
Não digas tudo o que sabes, nem creias tudo o que ouves, nem faças tudo o que podes.
Não dispas um santo para vestir outro.
Não diz a bota com a averdugada.
Não diz a gota com a perdigota.
Não diz a língua o que sente o coração.
Não diz mais a língua que o que sente o coração.
Não diz o pau com a bordoada.
Não dizer coisa com coisa.
Não dormir de touca.
Não dou por isso um figo podre.
Não duvida quem não sabe.
Não é a fortuna que falta aos homens, mas o juízo em aproveitá-la, quando ela os visita.
Não é amado quem só de si tem cuidado.
Não é batendo com a esponja que se prega prego em parede.
Não é belo o que é belo, mas é belo o que agrada.
Não é boa a coisa, se passarinho não cheira.
Não é boa a fala que todos não entendem.
Não é bom fugir em socos.
Não é bom bocado para a boca do asno.
Não é brava a mulher que cabe em casa.
Não é cada dia Páscoa nem vindima.
Não é carne, nem peixe.
Não é com lambança que se pega onça.
Não é com palha que se apaga o fogo.
Não é com vinagre que se apanham moscas.
Não é culpa do espelho, se ele reflete um macaco.
Não é dama quem não ama.
Não é de agora o mal que não melhora.
Não é do governo.
Não é em pia grande que o porco come à vontade.
Não é esta bota para o seu pé.
Não é esta forma para o seu pé.
Não é fácil o caminho do céu.
Não é flor que se cheire.
Não é forma de seu pé.
Não é grande esforço mostrar coragem na prosperidade.
Não é homem são o que não sabe dizer não.
Não é má a mulher que faz o que deve.
Não é mato donde saia coelho.
Não é meu parente, que se arrebente.
Não é muito que percas direito, não sabendo fazer teu efeito.
Não é nada de assustar; é fumo que faz chorar.
Não é nada, que de fumo chora.
Não é nada, se não queimaras meu marido.
Não é nenhum fura-paredes.
Não é no seu fojo que se apanham os javalis.
Não é o bater das asas que faz a águia.
Não é o bom bocado para a boca do asno.
Não é o cabrito para o mesquinho.
Não é o demo tão feio como o pintam.
Não é o diabo tão feio como o pintam.
Não é o fim do mundo.
Não é o mel para a boca do asno.
Não é o mesmo prometer e cumprir.
Não é o pão para a boca do asno.
Não é o sol que faz a sombra.
Não é o emprego que eleva o homem; é o homem que eleva o emprego.
Não é pancada de vara que amadurece azeitona.
Não é pega nem gavião.
Não é peixe nem carne.
Não é pelas grandes orelhas que o burro vai à feira.
Não é pelo galo cantar que há de madrugar.
Não é pobre o que tem pouco, mas o que muito cobiça.
Não é pobre o que tem pouco, salvo o que deseja muito.
Não é pobre o que tem pouco, senão o que cobiça muito.
Não é pobre o que tem pouco, senão o que se tem por pobre.
Não é pobre o que tem pouco, senão o que muito quer.
Não é preciso saber muito para ser sábio.
Não é regra certa caçar com besta.
Não é sangria desatada.
Não é sisudo o juiz que tem jeito no que diz e não acerta no que faz.
Não é só nos anos que estão os enganos.
Não é tacha beber por borracha, quando não há taça.
Não é tão bravo o leão como o pintam.
Não é triste mudar de idéia: triste é não ter idéia para mudar.
Não é tudo verdadeiro o que diz o pandeiro.
Não é unha de santo.
Não é vilão o da vila, senão o que faz vilania.
Não embarco nessa.
Não embarga dever para comprar fiado.
Não embarques em canoa furada.
Não ensebes as botas ao vilão; dirá que lhas fazes num tição.
Não ensines o padre a rezar missa.
Não ensines o padre-nosso ao vigário.
Não entender bulhufas.
Não entender patavina.
Não entendo flamengos à meia-noite.
Não entra a bola por torcida argola.
Não enxergar pataca.
Não erra quem aos seus semelha.
Não escapa de ladrão o que se paga por sua mão.
Não escondas a candeia debaixo do alqueire.
Não espantes o cão que dorme.
Não esperdice o fubá quem aproveita o farelo.