PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS
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Não há mal tão lastimeiro como falta de dinheiro.
Não há manjar que não enfastie, nem vício que não enfade.
Não há mão que agarre o tempo.
Não há mau ano por muito pão.
Não há mau ano por pedra, mas guai de quem acerta.
Não há mau pão para boa fome.
Não há mau piloto, quando o tempo é bom.
Não há mel sem fel.
Não há melhor adail para desmandados que os mesmos mouros.
Não há melhor bocado que o furtado.
Não há melhor cirurgião que o bem acutilado.
Não há melhor espelho que amigo velho.
Não há melhor espelho que o amigo velho.
Não há melhor experiência que a tomada em cabeça alheia.
Não há melhor juiz que o tempo.
Não há melhor mestra que a necessidade.
Não há melhor mestra que a necessidade e a pobreza.
Não há melhor molho que o apetite.
Não há melhor mostarda que a fome.
Não há melhor parente que amigo fiel e prudente.
Não há melhor negócio que a vida: a gente a obtém a troco de nada.
Não há mês que não volte outra vez.
Não há mezinha que cure a dor da separação.
Não há mestre como o mundo.
Não há mister espada quem mata só com a bainha.
Não há moço doente, nem velho são.
Não há montanha sem nevoeiro, nem mérito sem calúnia.
Não há morte rica nem casamento pobre.
Não há morte sem achaque.
Não há morte sem pranto, nem casamento sem canto.
Não há mortório sem pranto, nem casório sem canto.
Não há mulher formosa no dia da boda senão a noiva.
Não há mulher sem graça, nem festa sem cachaça.
Não há nada como o preto no branco.
Não há nada como um dia depois do outro.
Não há nada de novo debaixo do sol.
Não há nada de novo sob o sol.
Não há nada em que o tempo não dê jeito.
Não há nada mais eloqüente do que a bolsa bem quente.
Não há nada que o ouvido do ciúme não ouça.
Não há nada sem algum defeito.
Não há nada tão antigo que não tenha sido novo.
Não há nada tão contagioso como as moléstias da alma.
Não há nada tão contagioso como o exemplo.
Não há nada tão decisivo como a ignorância.
Não há nada tão forte que não o derrube a morte.
Não há nada tão pequeno que não possa ser veneno.
Não há nada tão ruim que não traga algum bem.
Não há néscio que saiba calar.
Não há ninguém mais surdo do que aquele que não quer ouvir.
Não há ninguém necessário neste mundo.
Não há ninguém que não carregue sua cruz.
Não há ninguém que não tenha fel, nem há flor que não tenha mel.
Não há ninguém que se conheça.
Não há ninguém sem o seu pé de pavão.
Não há ninguém tão feliz, que seja feliz em tudo.
Não há ninguém tão grande que não necessite de ajuda, nem tão pequeno que não possa ajudar.
Não há novelos sem trapos.
Não há obra-prima sem suor.
Não há obrigação de obedecer, senão a quem tem o direito de mandar.
Não há ofício sem beneficio.
Não há olha sem chouriço.
Não há olha sem toucinho, nem sermão sem Santo Agostinho.
Não há onde o filho fique bem como no colo da mãe.
Não há ouro sem fezes.
Não há palavra mal dita, se não for mal entendida.
Não há pancada de vara que amadureça azeitona.
Não há panela feia que não ache seu cobertouro.
Não há panela sem testo.
Não há panela sem testo, nem penico sem tampa.
Não há panela tão feia que não ache seu cobertouro.
Não há panos para mangas.
Não há passarinho nem passarão que não goste do seu ramerrão.
Não há pássaro que ache ruim o seu ninho.
Não há pastor sem rebanho.
Não há paz entre gente, nem entre as tripas do ventre.
Não há paz onde canta a galinha e cala o galo.
Não há paz onde canta a galinha e canta o galo.
Não há pecado que não mereça perdão.
Não há pecado que não possa ser perdoado.
Não há pecado sem perdão.
Não há pechincha por pouco dinheiro.
Não há penico sem tampa.
Não há pequeno inimigo.
Não há pequeno que não possua veneno.
Não há pequeno tão pequeno, que não possa ser veneno.
Não há pior água que a mansa.
Não há pior cego que o que não quer ver.
Não há pior cunha que a do mesmo pau.
Não há pior despeito que o de pobre enriquecido.
Não há pior despeito que o do pobre orgulhoso.
Não há pior gente de tratar do que a do pouco saber.
Não há pior ribeira de passar que a de ao pé da porta.
Não há pior surdo que aquele que não quer ouvir.
Não há pior surdo que o que não quer ouvir.
Não há pior vizinho que o de junto ao pé da porta.
Não há pior zombaria que a verdade.
Não há pior zombaria que a zombaria da verdade.
Não há pobre sábio, nem rico tolo.
Não há pobreza pior que o dever.
Não há prazer onde não há comer.
Não há prazer onde não há comida.
Não há prazer que não enfade, e ainda mais se vem de graça.
Não há prazer que não enfade, e mais se houver debalde.
Não há prazer sem amargura.
Não há prazer sem sofrer.
Não há prazer sem trabalho.
Não há prazo que não acabe, nem dívida que não se pague.
Não há prazo que não se vença.
Não há pressa em que Deus não esteja.
Não há primeiro sem segundo.
Não há prisões lindas, nem amores feios.
Não há prova do delito como o papel escrito.
Não há proveito sem custo.
Não há proveito sem susto.
Não há puta sem alcoviteira.
Não há quarenta sem zero.
Não há que fiar em Deus no tempo de inverno.
Não há que espantar: tudo há no mundo.
Não há quem faça mal, que depois não o venha a pagar.
Não há quem não se pague, se acha por onde.
Não há quem se acostume com a morte.
Não há quinze anos feios.
Não há rainha sem sua vizinha.
Não há regra que não falhe.
Não há regra sem exceção.
Não há rei sem privado, nem privado sem ídolo.
Não há rico que não possa receber, nem pobre que não possa dar.
Não há rifão velho, se é dito a propósito.
Não há rio sem vão, nem regra sem exceção.
Não há rio sem vau, nem geração sem mau.
Não há roca sem seu fuso.
Não há romeiro que diga mal do seu bordão.
Não há rosa sem espinho.
Não há rosa sem espinhos.
Não há rosa sem espinhos, nem formosa sem senão.
Não há rosa sem espinhos, nem mel sem abelha.
Não há rosa sem espinhos, nem mel sem abelhão.
Não há rosa sem espinhos, nem mel sem abelhas.
Não há rosa sem espinhos, nem amores sem ciúmes.
Não há rosa sem espinhos, nem formosa sem senão.
Não há rosas sem espinhos.
Não há rosas sem espinhos, nem amores sem ciúme.
Não há sábado sem sol.
Não há sábado sem sol, nem alecrim sem flor, nem menina bonita sem amor.
Não há sábado sem sol, nem domingo sem missa, nem segunda sem preguiça.
Não há sábado sem sol, nem jardim sem flores, nem velho sem dores, nem moça sem amores.
Não há sábado sem sol, nem rosmaninho sem flor, nem casada sem ciúme, nem solteira sem amor.
Não há sábado sem sol, nem velha sem dor, nem Maria sem amor.
Não há sábado sem sol, nem velha sem dor, nem menina sem amor.
Não há sábado sem sol, nem velha sem dor, nem menina sem moço.
Não há sabão que lave a alma da inveja.
Não há saber que baste para contrafazer muito tempo mentiras.
Não há sábio nem douto que de louco não tenha um pouco.
Não há sábio sem loucura.
Não há santidade sem candeia.
Não há santidade sem candeias.
Não há sapateiro sem dentes, nem escudeiro sem parentes.
Não há sapato bonito que não dê em chinelo feio.
Não há sapato bonito que não dê em chinelo velho.
Não há sapo sem sua sapa.
Não há seda que não venha ter à cozinha.
Não há segredo que tarde ou cedo não seja descoberto.
Não há semana com dois domingos, nem ano com dois verões.
Não há semana sem quinta-feira.
Não há sermão sem Santo Agostinho, nem panela sem toucinho.
Não há sogra que se lembre que já foi nora.
Não há subida sem descida.
Não há tal doutrina como a da formiga.
Não há tal filho como o nascido.
Não há tal venda como a primeira.
Não há tão mau tempo, que o tempo não alivie o seu tormento.
Não há tão ruim terra, que não tenha alguma virtude.
Não há tempero tão bom como a fome.
Não há tempestade sem bonança.
Não há terra tão brava, que resista ao arado, nem homem tão manso, que queira ser mandado.
Não há tolo que não encontre um mais tolo que o admira.
Não há tolo que não tenha sua esperteza.
Não há tolo que não tenha sua habilidade.
Não há tonto para seu proveito.
Não há torto nem direito que não tenha seu jeito.
Não há trabalho sem trabalhos.
Não há traição como a dos amigos.
Não há trigo sem joio.
Não há trigo tão joeirado que não tenha alguma ervilhaca.
Não há uma sem duas, nem duas sem três.
Não há uste que não custe.
Não há veneno pior que o da língua.
Não há vício ou manjar que não enfade.
Não há vício que a si mesmo não se puna.
Não há vilão sem ser ruim, nem ruim sem ser vilão.
Não haja dó de quem tem muita roupa e faz má cama.
Não hajas compaixão de quem tem cama e dorme no chão.
Não hajas dó de quem tem muita roupa e faz má cama.
Não hajas dó de quem tem muito.
Não hajas medo de quem vai preso pelo pelo.
Não haveria má palavra, se não fosse mal tomada.
Não hei medo ao frio nem à geada, senão à chuva porfiada.
Não houve filho desperdiçado, que não tivesse pai aproveitado.
Não houve pai desperdiçado que não tivesse filho aproveitado.
Não importa, não importa, e deu com sete navios à costa.
Não importa quanto foste longe no caminho errado: volta para trás.
Não jogo aos dados, mas faço outros piores baratos.
Não julgues a casa pela fronteira.
Não julgues da montada pelo arreio.
Não julgues ninguém pelos teus próprios atos.
Não julgues os cabos pelos começos.
Não julgues os outros por ti.
Não julgues pelas aparências.
Não julgues rápido de ninguém, nem para mal, nem para bem.
Não junta reais quem não poupa tostões.
Não junta tostão quem não poupa reais.
Não levantes espada contra quem peça perdão.
Não levantes lebre que outrem leve.
Não lhe chega à sola dos pés.
Não lhe dá pelo bico do sapato.
Não lhe vivo no casal.
Não louves até que proves.
Não louves o homem enquanto vive.
Não maldigas o fim da vida: ele é o começo da vida sem fim.
Não mates a galinha que põe ovos de ouro.
Não mates mais do que podes salgar.
Não me acompanhes, porque não sou novela.
Não me apraz chave que em muitas portas cabe.
Não me apraz chave que em muitas portas serve.
Não me apraz porta que muitas chaves faz.
Não me aquenta nem me arrefenta.
Não me chames bem-fadada até me veres enterrada.
Não me contenta nada moça com leite, nem borracha com água.
Não me contes bulas.
Não me dês conselho: sei errar sozinho.
Não me dês que fazer, dá-me que comer.
Não me empacho com tais frioleiras.
Não me enganas a mim, que sou cão velho.
Não me fio em soldado que as armas caem da mão.
Não me fio nem da camisa que trago vestida.
Não me fio nem da mãe que me pariu.
Não me importa que a burra jogue: eu quero é que os arreios agüentem.
Não me importa que a burra pinoteie: eu quero é que os arreios me agüentem.
Não me leves, ano, que eu te irei alcançando.
Não me olhes de banda, que eu não sou quitanda, nem me olhes de lado, que eu não sou melado.
Não me pago do amigo que come o seu só e o meu comigo.
Não me pesa de meu filho enfermar, senão pelo costume que lhe há de ficar.
Não me pesa de rogar, senão que te queres desquitar.
Não me pesa do que meu filho enfermou, mas da ruim manha que lhe ficou.
Não me venta muito bem por esse lado.
Não medra a maledicência contra as virtudes viris.
Não medram galinhas em casa de raposas.