PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS
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Quanto mais perto da igreja, mais longe de Deus.
Quanto mais pobres, mais asnos.
Quanto mais pressa, mais devagar.
Quanto mais prima, mais se lhe arrima.
Quanto mais rezo, mais assombração me aparece.
Quanto mais rico, mais ridículo.
Quanto mais ricos, mais malditos.
Quanto mais rogam ao ruim, pior.
Quanto mais rogam ao ruim, pior é.
Quanto mais se abaixa, mais se lhe vê o cu.
Quanto mais se canta, melhor se dança.
Quanto mais se ganha, mais se gasta.
Quanto mais se mexe na merda, mais ela fede.
Quanto mais se mexe na porcaria, mais ela enjoa.
Quanto mais se mexe na trampa, mais ela fede.
Quanto mais se roga ao ruim, pior.
Quanto mais se tem, mais se quer.
Quanto mais se vive, mais se aprende.
Quanto mais se vive, mais se vê.
Quanto mais seca a madeira, mais arde.
Quanto mais sobe o homem, mais ele teme a queda.
Quanto mais tarde, melhor maré.
Quanto mais te dão, mais amigos são.
Quanto mais tem, mais quer.
Quanto mais temos, mais desejamos.
Quanto mais temos, mais queremos.
Quanto mais uma coisa é vedada, mais é desejada.
Quanto mais uma coisa é vedada, tanto mais é desejada.
Quanto mais velho, mais bobo.
Quanto mais vivemos, mais aprendemos.
Quanto mais vivemos, tanto mais sabemos.
Quanto me és, quanto me dóis.
Quanto menos entende, mais repreende.
Quanto menos palavras, melhor a oração.
Quanto menos se pensa, mais se fala.
Quanto menos se sabe, menos se duvida.
Quanto menos somos, melhor passamos.
Quanto menos somos nós, melhor pensamos.
Quanto pior, melhor.
Quanto sabes, não dirás; quanto vês, não julgarás, e viverás em paz.
Quanto sabes, não dirás; quanto vês, não julgarás, se quiseres viver em paz.
Quanto sabes, tanto vales.
Quanto se faz ao vilão, tudo é maldição.
Quanto tens, tanto vales.
Quanto um mais alto sobe, maior queda dá.
Quantos criados, tantos inimigos.
Quantos homens, tantas opiniões.
Quantos ledores, tantas as sentenças.
Quantos ledores, tantas sentenças.
Quão grande é o peixe, tão grande é o sabor.
Quão grande é o peixe, tão grande é o valor.
Quão longe dos olhos, tão longe do coração.
Quase sempre nada sabem aqueles que blasonam de tudo saber.
Quase sempre o provisório é eterno.
Quase todas as nossas penas vêm dos nossos pesares.
Quatro bois a um carro, se bem tiram para cima, melhor tiram para baixo.
Quatro coisas desterram a justiça: o amor, o ódio, o medo e a ignorância.
Quatro horas dorme o santo, cinco o que não é tanto, seis o caminhante, oito o preguiçoso, nove o porco, e as mais o morto.
Quatro horas dorme um santo, cinco o que não é tanto, seis o estudante, sete o caminhante, oito o porco e nove o morto.
Quatro olhos a um tempo nunca viram um fantasma.
Quatro olhos vêem mais do que dois.
Que a mão direita não saiba o que faz a esquerda.
Que a terra lhe seja leve, com o Pão-de-Açúcar por cima.
Que apito é que ele toca?
Que bela é a vergonha! Muito vale e pouco custa.
Que bem prega frei Tomás: faz o que ele diz e não o que ele faz.
Que chova, que não chova, meu amo que coma.
Que culpa tenho eu de ser simpático?
Que Deus se fez homem, seja, porém o diabo se fez mulher!
Que é de casa, vai à praça.
Que é que tem o cu com as calças?
Que é que você faz do que come?
Que é uma borboleta? Não mais que uma lagarta vestida.
Que fiandeira eu era, se ventura tivera!
Que há de comum entre o asno e a lira?
Que horas para colher amoras!
Que lhe faça bom proveito à barriga mais ao peito.
Que monte de trigo se não estivesse devido.
Que mosca o picou?
Que nobreza de rei, que, sem nos conhecer, nos saúda!
Que o sapateiro não passe além do sapato.
Que prazer de marido, a cera acabada e ele vivo.
Que siso de alveitar! A mula morta e manda-a sangrar!
Que têm que ver as bragas com a alcavala das favas? (alfavaca)
Que tem que ver o cu com as calças?
Quebra-lhe a cabeça e unta-lhe o casco.
Quebrar a castanha no dente.
Quebrar a louça e guardar os palitos.
Quebrarei a mim um olho para te quebrar outro.
Quebras-me a cabeça, untas-me o casco.
Queda de velho não levanta poeira.
Queijo com pão faz o homem são.
Queijo de ovelha, manteiga de vaca e leite de cabra.
Queijo de ovelhas, leite de cabras, manteiga de vacas.
Queijo é bom, dado pelo avaro.
Queijo, pão e pero, comer de cavaleiro, e queijo, pero e pão, comer de vilão.
Queijo, pão e pero, comer de vilão.
Queimada a casa, acode com água.
Queimada a casa, acode-lhe com água.
Queimada a casa, vem a água.
Queimar as caravelas.
Queimar as pestanas.
Queimar o último cartucho.
Queime-se a casa, mas não faça fumo.
Queira-me bem de graça, que por dinheiro é chalaça.
Queira, não queira, o burrinho há de ir à feira.
Queiras ou não queiras escutar a razão, cedo ou tarde ela há de se fazer ouvir.
Queixadas sem barbas não merecem ser honradas.
Queixar-se ao bispo.
Quem a boa árvore se acolhe, boa sombra o cobre.
Quem a boa árvore se arrima, boa sombra o cobre.
Quem a boa árvore se chega, boa sombra o cobre.
Quem a boca de meu filho beija, a minha adoça.
Quem a cavalo passa a ponte, no olho vê a morte.
Quem a cera quer abrandar, as unhas há de queimar.
Quem a dois amos servir, a alguém há de mentir.
Quem a dois amos servir, a algum há de mentir.
Quem a dois amos vai servir, a um há de mentir.
Quem a dois senhores há de servir, a algum há de mentir.
Quem a dois senhores quer servir, a um há de mentir.
Quem a fama tem perdida, morto anda nesta vida.
Quem a ferro mata, a ferro morre.
Quem a fez, que a pague.
Quem a galinha del-rei come magra, gorda a paga.
Quem a horas não vier, comerá do que houver.
Quem a horas não vier, comerá do que trouxer.
Quem a mão alheia espera, mal janta e pior ceia.
Quem à mesa alheia come, janta e ceia com fome.
Quem a meu filho beija, minha boca adoça.
Quem a meu filho tira o monco, a mim me beija o rosto.
Quem a mim quer bem, diz-me do que sabe, e dá-me do que tem.
Quem a minha casa não vai, da sua me corre.
Quem a morte alheia espera, a sua lhe chega.
Quem a morte pretendia, suspeitosa deixa a vida.
Quem a muitos há de manter, muito há de ter.
Quem a outro serve, não é livre.
Quem a pássaro quer apanhar, não o há de enxotar.
Quem a paz quer conservar, deve ver, ouvir e calar.
Quem a porcos há medo, as moitas lhe roncam.
Quem a porcos tem medo, as moitas lhe roncam.
Quem a praça elogiou é porque nela ganhou.
Quem à pressa se casa, com vagar se arrepende.
Quem a raposa há de enganar, muito tem que madrugar.
Quem a raposa tem de enganar, muito tem que madrugar.
Quem a raposa tem de enganar, cumpre-lhe muito madrugar.
Quem a ruim perdoa, a ruindade lhe aumenta.
Quem à semana bem parece, ao domingo aborrece.
Quem a si mesmo teme, nada mais tem a temer.
Quem a sorte alheia estima, a sua desestima.
Quem a tempo não foge do abismo, é pelo abismo engolido.
Quem a todos crê, erra, e quem a nenhum crê, não acerta.
Quem a todos crê, erra, e quem a nenhum, não acerta.
Quem a tolo conselho pede, mais tolo é que ele.
Quem a tolo pede conselho, ainda é mais tolo do que ele.
Quem a trinta não tem siso, a quarenta não é rico.
Quem a truta come assada, e cozida a perdiz, não sabe o que faz nem o que diz.
Quem a um castiga, a cem fustiga.
Quem a vaca alheia come magra, gorda a paga.
Quem a vaca de el-rei come magra, gorda a paga.
Quem a velho não chegar, a vida lhe há de custar.
Quem abre uma escola, fecha uma prisão.
Quem abrolhos semeia, espinhos colhe.
Quem acaba, sua cova tapa.
Quem acabar primeiro, vai ajudar o seu parceiro.
Quem aceita, não escolhe.
Quem acerta no casar, nada lhe falta acertar.
Quem acha, encaixa.
Quem acha, guarda.
Quem acha mole, carrega.
Quem acha pau, faz colher.
Quem acha um bom genro, ganha um filho; quem acha um ruim, perde uma filha.
Quem achar remédio primeiro, ajude parceiro.
Quem acomoda, não incomoda.
Quem aconselha, não obriga.
Quem aconselha, não paga contas.
Quem aconselha, não paga custas.
Quem acorda cão dormido, vende paz e compra arruído.
Quem acorda cão dormindo, vende a paz e compra arruído.
Quem adiante não anda, para trás torna.
Quem adiante não cata, atrás cai e malbarata.
Quem adiante não olha, atrás cai e malbarata.
Quem adiante não olha, atrás fica.
Quem adiante não olha, atrás torna.
Quem adiante não olha, fica atrás.
Quem adiante vai, atrás torna.
Quem adivinha, vai para a casinha.
Quem adoece de loucura, ou tarde sara, ou nunca.
Quem adormece a dizer mal, acorda caluniado.
Quem afaga mula, receberá coices.
Quem agravos dissimula, espreita vingança.
Quem alegre se levanta, todo o dia canta.
Quem ama a Beltrão, ama a seu cão.
Quem ama a Beltrão, ama a seu irmão.
Quem ama a Beltrão, ama seu cão.
Quem ama a Beltrão, ama seu irmão.
Quem ama a cabra, ama o cabrito.
Quem ama a mulher casada, traz a vida emprestada.
Quem ama a preguiça, desama a fortuna.
Quem ama a rosa, suporta os espinhos.
Quem ama ao feio, formoso lhe parece.
Quem ama Beltrão, ama o seu cão.
Quem ama Beltrão, gosta do seu cão.
Quem ama, castiga.
Quem ama com fé, casado é.
Quem ama, cuida.
Quem ama, do longe faz perto.
Quem ama João, ama o seu cão.
Quem ama mulher casada, anda com a vida emprestada.
Quem ama, não esquece.
Quem ama, não esquece; quem esquece, não ama.
Quem ama o feio, bonito lhe parece.
Quem ama o feio, formoso lhe parece.
Quem ama o frade, ama-lhe o capelo.
Quem ama o frade, ame-lhe o capelo.
Quem ama o perigo, nele perecerá.
Quem ama o tolo, esperto lhe parece.
Quem ama, perdoa.
Quem ama, pisa na lama.
Quem ama, sabe o que deseja e não sabe o que lhe cumpre.
Quem ama, teme.
Quem ameaça e não dá, medo há.
Quem ameaça, sua ira gasta.
Quem ameaça, uma tem e outra guarda.
Quem ameaça, um teme, outra espera.
Quem amiúdo às armas vai, deixa a pele, ou a deixará.
Quem anda à chuva, molha-se.
Quem anda aos porcos, tudo lhe ronca.
Quem anda caipora, até cachorro lhe mija na perna.
Quem anda cego de amores, não verá senão paredes.
Quem anda com coxo aprende a mancar.
Quem anda com traça, traça o come.
Quem anda de boca aberta, ou entra mosca, ou sai asneira.