PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS
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Quem dá muito à taramela, não sabe nunca o que diz.
Quem dá muito, acanhadamente, obriga pouco.
Quem dá nó, não perde ponto.
Quem dá o conselho, não dá o remédio.
Quem dá o mal, dá o remédio.
Quem dá o mogango, não se empacha nas pevides <=abóbora>.
Quem dá o pão, dá a educação.
Quem dá o pão, dá o castigo.
Quem dá o pão, dá o ensino.
Quem dá o pão, dá o pau.
Quem dá o pão sem castigo, não vai ao paraíso.
Quem dá o que pode, não é a mais obrigado.
Quem dá o que é seu, sem ele se fica.
Quem dá o que tem, a mais não é obrigado.
Quem dá o que tem, a pedir vem.
Quem dá o que tem, não fica a mais obrigado.
Quem dá o seu antes de morrer, aparelhe-se a bem sofrer.
Quem dá o ungüento, dá o trapinho.
Quem dá pão a cão alheio, perde o pão.
Quem dá para receber, não dá.
Quem dá prontamente, dá duas vezes.
Quem dá, rouba o coração.
Quem dá, se parece com Deus pelas costas.
Quem das ervas nasce, pelas ervas pasce.
Quem de Deus se aleixa, a Deus leixa.
Quem de doidice adoece, tarde ou nunca guaresce.
Quem de doidice enfermar, tarde ou nunca há de sarar.
Quem de escorpião está picado, a sombra o espanta.
Quem de golpe deita água na garrafa, mais derrama que colhe.
Quem de longe acena, de perto se condena.
Quem de longe vai à boda, pelo caminho a deixa toda.
Quem de loucura adoece, tarde ou nunca guarece.
Quem de loucura enferma, tarde sara.
Quem de mais alto nada, mais depressa se afoga.
Quem de mel se faz, abelhas o comem.
Quem de mel se faz, moscas o comem.
Quem de moço não morre, de velho não escapa.
Quem de muito quer saber, mexerico quer fazer.
Quem de nenhuma culpa se ofende, nenhum merecimento o obriga.
Quem de noite quer andar, o caminho quer errar.
Quem de noite quer cear, tarde vai buscar.
Quem de novo é bonitinho, de velho tem um jeitinho.
Quem de novo não morre, de velho não escapa.
Quem de outrem se compadece, de si se lembra.
Quem de puta faz cabedal, vai acabar na cadeia ou no hospital.
Quem de ruim escarnece, seus filhos não vê.
Quem de sandice adoece, tarde ou nunca guarece.
Quem de sandice enfermou, nunca ou tarde sarou.
Quem de si faz lixo, pisam-no as galinhas.
Quem de todos é amigo, ou mui pobre, ou mui rico.
Quem de traça vive, traça o rói.
Quem de uma escapa, cem anos vive.
Quem de verde se veste, por formosa se tem.
Quem de vinho é amigo, cedo está perdido.
Quem de vinho fala, sede tem.
Quem debaixo d'água se cura, pouco dura.
Quem debaixo d'água se cura, sempre dura.
Quem defeitos ruins há, tarde ou nunca os perderá.
Quem deita vinho no caldo, de velho se faz menino.
Quem deixa a vila pela aldeia, venha-lhe má estrela.
Quem deixa de ser amigo, não o foi nunca.
Quem deixa de ser amigo, nunca o foi.
Quem deixa estrada real por vereda, pensa atalhar, e rodeia.
Quem deixa o certo pelo incerto, nas coisas do mundo é pouco esperto.
Quem demais avança, pouco alcança.
Quem demanda tem, a brados a mete.
Quem demanda tem, não dorme bem.
Quem demanda tiver, não dorme quando quer.
Quem demos compra, demos vende.
Quem depressa foi, depressa torna.
Quem depressa resolve, depressa se arrepende.
Quem depressa se cura, tarde sarou.
Quem depressa se determina, cedo se arrepende.
Quem depressa sobe, depressa cai.
Quem derradeiro nasce, primeiro chora.
Quem desconfia de si, não acredita nos outros.
Quem desconfia, fica sábio.
Quem desdenha, quer comprar.
Quem desenforca, se enforca.
Quem despreza faltas pequenas, cairá nas grandes.
Quem despreza o pouco, não ama o muito.
Quem despreza um tostão não junta um milhão.
Quem deu, dará, e quem pediu, pedirá.
Quem deu seu nó, que o desate.
Quem Deus ama, cedo chama.
Quem devagar anda, pouco alcança.
Quem devagar promete, depressa cumpre.
Quem deve a Deus, paga ao diabo.
Quem deve a Pedro e paga a Gaspar, torna a pagar.
Quem deve a Pedro e pagou a Gaspar, torne a pagar.
Quem deve a quem me deve, a mim me deve.
Quem deve cem e tem cento e um, não teme a nenhum.
Quem deve, é porque tem crédito.
Quem deve, não dorme quando quer.
Quem deve, não embolsa.
Quem deve, não levanta a cabeça.
Quem deve, não repousa.
Quem deve, não tem razão.
Quem deve, ou pague, ou rogue.
Quem deve, paga.
Quem diabos compra, diabos vende.
Quem dinheiro quer cobrar, muitas voltas tem de dar.
Quem dinheiro tiver, fará o que quiser.
Quem disso cuida, disso usa.
Quem dita tem, o vento lhe apanha a lenha.
Quem diz a verdade, não janta cá hoje.
Quem diz a verdade, não merece castigo.
Quem diz a verdade, não peca nem mente.
Quem diz "ai", folga.
Quem diz as verdades, perde as amizades.
Quem diz e não faz, não diz o que faz.
Quem diz filho, diz tormento.
Quem diz filhos, diz tormentos.
Quem diz mal da coisa, esse a compra.
Quem diz mal de tudo, tema a desforra.
Quem diz mal do seu, mal calará o alheio.
Quem diz o que não deve, ouve o que não espera.
Quem diz o que não viu, arrisca-se a mentir.
Quem diz o que quer, ouve o que não gosta.
Quem diz o que quer, ouve o que não quer.
Quem diz que a pobreza é vileza, não tem o siso na cabeça.
Quem diz seu segredo, mal calará o alheio.
Quem diz tudo quanto sabe, fica sem saber de nada.
Quem do escorpião está picado, a sombra o espanta.
Quem do escorpião foi picado, a sombra o espanta.
Quem do meu pirão come, leva do cinturão.
Quem do que lhe dói não der, não haverá o que quiser.
Quem do seu se desapossa antes da morte, dêem-lhe com um maço na fronte.
Quem dobrar o cabo Não, voltará ou não.
Quem dói o dente, vai à casa do barbeiro.
Quem dorme com criança, amanhece molhado.
Quem dorme com gato, acorda arranhado.
Quem dorme com mulher feia, não tem medo de assombração.
Quem dorme, come.
Quem dorme, descansa e deixa descansar.
Quem dorme, dorme-lhe a fazenda.
Quem dorme, engorda.
Quem dorme, não peca.
Quem dorme, não pega peixe.
Quem dorme no volante, acorda no cemitério.
Quem dorme quente, pulgas não sente.
Quem dorme sem ceia toda a noite devaneia.
Quem dorme sem ceia toda a noite rabeia.
Quem dos mesquinhos se compadece, de si se lembra.
Quem dos outros fala e murmura, pouco pensa e muito se aventura.
Quem dos seus se afasta, Deus o abandona.
Quem dos seus se afasta, Deus o deixa.
Quem dos seus se aparta, Deus o deixa.
Quem dos seus se aparta, do remédio se alarga.
Quem duas lebres caça, uma perde, a outra passa.
Quem duas vezes tropeça, à terceira quebra a cabeça.
Quem duma escapa, cem anos vive.
Quem duvida, não se engana.
Quem é amado, nunca é muito amante.
Quem é amigo de todos, não o é de ninguém.
Quem é amigo do vinho, de si mesmo é inimigo.
Quem é besta, é pai dos outros.
Quem é besta, pede a Deus que o mate e ao diabo que o carregue.
Quem é bom de contentar, menos tem que chorar.
Quem é bom de contentar, menos tem que esperar.
Quem é bom de contentar, raro tem que lastimar.
Quem é bom de natural, ouve mais bem que mal.
Quem é bom de verdade, faz os outros melhores.
Quem é bom, já nasce feito.
Quem é bom, já nasce feito, quem se quer fazer, não pode.
Quem é bom, não se mistura.
Quem é bom, para si o é; quem é mau, para si o é.
Quem é burro, peça a Deus que o mate, e ao diabo que o carregue.
Quem é cambaio, não estira o pé.
Quem é cornudo e consente, que o seja para sempre.
Quem é correto, não é corrigido.
Quem é coxo, parte cedo.
Quem é de bom natural, ouve mais o bem que o mal.
Quem é de todos, não é de ninguém.
Quem é desconfiado, não é fiel.
Quem é desconfiado, mora na ponta da rua.
Quem é desconfiado, não é fiel.
Quem é do chão, não trepa.
Quem é do mar, não enjoa.
Quem é fácil de contentar, menos tem que chorar.
Quem é fácil no amar, é fácil no aborrecer.
Quem é feio, volta pelo caminho que veio.
Quem é frade, não se casa.
Quem é guarda de muitas mulas, nenhuma sabe guardar.
Quem é guarda de muitas vinhas, nenhuma pode guardar.
Quem é infeliz, cai de costas e quebra o nariz.
Quem é inimigo da noiva, como dirá bem do noivo?
Quem é mau na sua terra, mau é fora dela.
Quem é mau na sua vila, pior será em Sevilha.
Quem é mau, para si é; quem é bom, para si é.
Quem é mensageiro, não merece pancada.
Quem é moço, tem o couro grosso.
Quem é negro de nação, nem a poder de sabão.
Quem é o teu inimigo? É o oficial do teu ofício.
Quem é pobre de desejos é rico de contentamentos.
Quem é pobre, não tem vícios.
Quem é pobre, nem pão tem; quem é rico, passa bem.
Quem é pobre, peça a Deus que o mate, e ao diabo que o carregue.
Quem é preto de nação, nem a poder de sabão.
Quem é rico, tem amigos.
Quem é senhor do seu nariz, pode metê-lo onde quiser.
Quem é só, é senhor de si.
Quem é surdo, guarda segredo do que não ouve.
Quem é surdo, não conversa.
Quem é surdo, traz pajem.
Quem é teu inimigo? O oficial do teu ofício.
Quem é teu irmão? O vizinho mais à mão.
Quem é tolo, pede a Deus que o mate, e ao diabo que o carregue.
Quem é tolo, pede a Deus que o mate, e ao diabo que o leve.
Quem é torto e mal se ajeita, tarde ou nunca se endireita.
Quem é valente e sua força esquece, roca na cintura ou albarda merece.
Quem é vivo, sempre aparece.
Quem em amor semeia culpas, colhe penas.
Quem em boa terra semeia, cada dia tem boa estréia.
Quem em boa terra semeia, sempre terá boa estréia.
Quem em caça, guerra e amores se mete, não sairá quando quiser.
Quem em caça, política, guerra e amores se meter, não sairá quando quiser.
Quem em caminho leva pressa, em caminho chão tropeça.
Quem em cárceres vive, em cárceres quer morrer.
Quem em casa da mãe não atura, na da madrasta não espere ventura.
Quem em casa da mãe não atura, na da sogra não espere ventura.
Quem em casa deixa a cabeça, na praça perde o boné.
Quem em casa deixa a cabeça, na praça perde o turbante.
Quem em Deus confia, não se angustia.
Quem em doido se fia, mais doido é que ele.
Quem em mais alto nada, mais depressa se afoga.
Quem em mais alto nada, mais prestes se afoga.
Quem em mais alto nada, mais presto se afoga.
Quem em menino é pousado, será velho endiabrado.
Quem em muitas pedras bole, em uma se fere.
Quem em novo não trabalha, em velho come palha.
Quem em novo não trabalha, em velho dorme numa palha.
Quem em paço envelhece, em palheiro morre.
Quem em pedra duas vezes tropeça, merece que se quebre a cabeça.
Quem em pedra duas vezes tropeça, não é muito quebrar a cabeça.
Quem em pedra pousa, em pedra se torna.
Quem em pedra se senta, três vezes arrenega.