PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS
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O bom princípio, às vezes, é mau fim.
O bom saber é calar até ser tempo de falar.
O bom sofre que o mau não pode.
O bom soldado, tira-o do arado.
O bom vinho a venda traz consigo.
O bom vinho alegra o coração do homem.
O bom vinho arruína a bolsa, e o mau, o estômago.
O bom vinho escusa pregão.
O bom vinho escusa pregão, o bom peso faz vender o pão.
O bom vinho faz o homem desapercebido.
O bom vinho faz sangue.
O bom vinho não há mister ramo.
O bom vinho não há mister ramo novo.
O bom vinho traz a venda consigo.
O bom vinho traz consigo a ventura.
O braço do rei e a lança longe alcança.
O braço do rei e a lança longe alcançam.
O braço quer peito, e a perna quer leito.
O branco na sela, o negro na garupa, o cavalo é do negro.
O brilho intelectual é moeda corrente.
O buraco chama o ladrão.
O buraco desafia o ladrão.
O burro adiante, para que não se espante.
O burro come da carga.
O burro disse que tanto nevasse, que até as ventas se lhe arreganhasse.
O burro do meu vizinho só sabe o que eu lhe ensino.
O burro e a mulher, a pau se quer.
O burro e o burrinho, é mau meter a caminho.
O burro em cada feira vale menos.
O burro não é tão burro como se pensa.
O burro se amarra é no rabo do dono.
O burro sempre vai na frente.
O cabedal de teu inimigo ou em dinheiro ou em vinho.
O caçador de lebres tem de ser coxo.
O café deve ser negro como o demônio, quente como o inferno, puro como um anjo, e doce como o amor.
O calado é o melhor.
O calado ganhou sempre.
O calado vence.
O calado vence tudo.
O calar e o falar não cabem em um lugar.
O caldo, quente; a injúria, fria.
O caldo quer-se ao gosto do doente.
O caminho de volta é mais fácil.
O caminho do inferno é pavimentado de boas intenções.
O campo fértil, não descansado, torna-se estéril.
O cantar quer hora.
O cantar quer hora, e o comer, descanso.
O cão com raiva a seu dono morde.
O cão é meu amigo, meu inimigo a mulher, e o filho meu senhor.
O cão e o gato comem o mal guardado.
O cão e o menino vão aonde lhes fazem mimo.
O cão e o menino vão para onde lhes fazem o miminho.
O cão no osso, a cadela no lombo.
O cão que ladra, não morde.
O cão rabeia no inverno com a sede que passa no verão.
O cão velho, quando ladra, dá conselho.
O caracol, onde nasce, pasce.
O caráter verdadeiro não se avilta por dinheiro.
O cardo, quando nasce, logo pica.
O carneiro, quando afasta, a marrada ainda é maior.
O caro é barato, e o barato é caro.
O carro não anda adiante dos bois.
O carro não deve andar adiante dos bois.
O carvoeiro é dono da sua casa.
O carvoeiro é senhor em sua casa.
O casal de ruim lavrador e a vinha de bom adubador.
O casamento e a mortalha, no céu se talha.
O casamento é bom de saber, mas quem há de manter, muito há de saber.
O casamento pesa muito e descansa no pouco.
O castanheiro, para plantar, precisa ir na mão, o carvalho às costas, o sobreiro no carro.
O castigo anda a cavalo.
O castigo do vício é o próprio vício.
O castigo é coxo, mas atinge sempre o culpado.
O castigo faz o doido ter siso.
O castigo tarda, mas não falha.
O castigo vem a cavalo.
O cavaco sai do pau.
O cavalo engorda com a vista de seu dono.
O cavalo engorda com o olho do dono.
O cavalo engorda com o olho do seu dono.
O cavalo limpa a égua.
O cavalo nobre só da sombra da espora se governa.
O cavalo procura sempre voltar à querência.
O cavalo sempre volta à sua baia.
O cemitério está cheio de pessoas insubstituíveis.
O cetim e os veludos apagam o lume da cozinha.
O céu é de quem o ganha, e a terra, de quem a apanha.
O céu está perto, por mar e por terra.
O cevo é que engana, que não o pescador que tem a cana.
O chato, quando está com tosse, em vez de ir ao médico, vai ao teatro.
O charuto e a mulher estão no acertar e não no escolher.
O chorar faz ranho.
O choro é franco.
O ciúme depende mais da vaidade que do amor.
O ciúme é duro como a sepultura.
O ciúme infindo às vezes acorda quem está dormindo.
O ciúme sentido, às vezes, acorda-o o cão.
O ciúme sentido, às vezes, acorda o cão dormindo.
O clérigo, onde canta, aí janta.
O coice da égua não faz mal ao potro.
O comer dos amuados é o melhor.
O comer e o coçar é questão de começar.
O comer e o coçar, o caso é começar.
O comer e o coçar, o ponto está em começar.
O condimento esmagado tem mais aroma.
O conselho dos sábios é a providência dos povos.
O conselho muda o velho.
O conselho na almofada, e a execução na estrada.
O convidado mostra-se amigo, mas não letrado.
O coração do homem é um abismo insondável.
O coração é como um relógio: quando se lhe acaba a corda, pára.
O coração não se engana.
O coração sente e a boca mente.
O coração tem razão que a própria razão desconhece.
O coração tem razões que razão não conhece.
O corcovado não vê sua corcova, e vê a de seu companheiro.
O corcunda não vê a sua bossa, e vê a alheia.
O corcunda não vê a sua giba, mas sim a do próximo.
O corno é o último a saber.
O corno é o último a saber que o é.
O corno é sempre o último a saber.
O corpo é o fiador da boca.
O corpo não deita raízes.
O corvo, mesmo lavado, não fica branco.
O corvo não pode ser mais negro do que as asas.
O costume do cachimbo faz a boca torta.
O costume é rei, porque faz lei.
O costume é uma segunda natureza.
O costume faz a lei.
O costume faz hábito.
O costume faz lei.
O costume faz nova natureza.
O costume faz o hábito.
O costume tem força de lei.
O coxo bem sabe de que pé coxeia.
O coxo de amores morre, que fará quem anda e pode.
O cravo segura a ferradura, a ferradura o cavalo, o cavalo o cavaleiro, o cavaleiro o castelo, o castelo todo o reino.
O crime não compensa.
O cu mal avezado traz o dono envergonhado.
O cu nada tem com as calças.
O culpado tem por acusador a sua consciência.
O cúmulo da desgraça é ter sido feliz.
O dado, dado, e o vendido, vendido.
O dado não agradecido, nem emprestado, nem vendido.
O dano da mulher entra-lhe pelo ouvido.
O dar dói, e o chorar faz ranho.
"Ó de casa!" é melhor que "Boa noite!"
O defeito está na origem.
O delegado é que é o pai das queixas.
O demasiado rompe o saco.
O demo sabe muito porque é velho.
O dente morde a língua e, mesmo assim, vivem juntos.
O desconhecido sempre parece sublime.
O desejo é uma árvore folhuda; a esperança, um arbusto em flor, e o gozo uma árvore com frutos.
O desejo faz formoso o feio.
O desejo faz o formoso do feio.
O desembaraço vai do braço.
O desengano da vista é furar os olhos.
O despertador do pobre é o galo do vizinho.
O destino a Deus pertence.
O destino não poupa nem o fraco nem o forte.
O dia da graça é o da véspera da ingratidão.
O dia de amanhã ainda ninguém o viu.
O dia de amanhã ainda ninguém viu.
O dia de amanhã ninguém o viu.
O dia de amanhã nunca se sabe.
O dia descobre a terra, a noite descobre os céus.
O dia do benefício é a véspera da ingratidão.
O dia do benefício é o da véspera da ingratidão.
O dia é curto e o trabalho é longo.
O dia é para a romaria.
O dia em que bem farão é o da véspera da ingratidão.
O diabo ajuda a fazer, mas não ajuda a esconder.
O diabo ajuda os seus.
O diabo carregou uma trama.
O diabo carregou uma tranca.
O diabo cobre com uma capa e descobre com o rabo.
O diabo cobre com uma capa e descobre com o chocalho.
O diabo cobre com uma manta e descobre com um chocalho.
O diabo dá, o diabo leva.
O diabo, depois de velho, fez-se ermitão.
O diabo é outro.
O diabo é tendeiro, e arma tendas sem dinheiro.
O diabo não é tão feio como o pintam.
O diabo não é tão feio como se pinta.
O diabo não é tão feito quanto parece.
O diabo não é tão feio quanto se pinta.
O diabo não é tão negro como o pintam.
O diabo não quis nada com canalha.
O diabo não quis nada com moços.
O diabo não quis nada com rapazes.
O diabo não tem sono.
O diabo nem sempre está atrás da porta.
O diabo, quando não aparece, manda o secretário.
O diabo sabe muito porque é velho.
O diabo se fez homem de bem quando ficou velho.
O diabo também reza.
O diabo tanto endireitou o nariz do filho, que afinal saiu torto.
O diabo tece-as.
O diabo tem uma capa que encobre e outra que descobre.
O diabo tenta o homem, e o ocioso, o diabo.
O diferido não está perdido.
O difícil é começar.
O dinheiro abre todas as portas.
O dinheiro cala a verdade.
O dinheiro cega a razão.
O dinheiro compra pão, mas não compra gratidão.
O dinheiro deve ser como azeite: por onde passar, untar.
O dinheiro do avarento duas vezes vai à feira.
O dinheiro é a medida de todas as coisas.
O dinheiro é a raiz de todo mal.
O dinheiro é bom de gastar e mau de ganhar.
O dinheiro é bom servidor e mau amo.
O dinheiro é chocalheiro.
O dinheiro é como o tempo: para quem o perde, sempre basta.
O dinheiro é como o tempo: tem assaz quem não o desperdiça.
O dinheiro é o nervo da guerra.
O dinheiro é redondo para circular.
O dinheiro é redondo para correr mais depressa.
O dinheiro é redondo para rodar.
O dinheiro é um bom escravo e um mau senhor.
O dinheiro faz o homem inteiro.
O dinheiro faz o mar chão.
O dinheiro fez-se para se contar.
O dinheiro fez-se para se gastar.
O dinheiro foi feito para se gastar.
O dinheiro governa o mundo.
O dinheiro não dá felicidade.