PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS
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O ladrão cuida que todos o são.
O ladrão cuida que todos tais são.
O ladrão, da agulha ao ouro, e do ouro à forca.
O ladrão julga pelo seu mau coração.
O ladrão que anda com o frade, ou o frade será ladrão, ou o ladrão frade.
O ladrão todos cuida que são da sua condição.
O lapidário conhece a pedra.
O leão às vezes é manjar de pequenas aves.
O leão não caça pardais.
O leão não é tão mau como o pintam.
O leão pode precisar do rato.
O leão real não faz mal.
O leitão com vinho torna-se menino.
O leitão de um mês, o pato de três.
O leitão e o pato, do cutelo ao espeto.
O leitão e os ovos dos velhos fazem novos.
O leite disse ao vinho: vem cá, meu amiguinho!
O liberal busca ocasião para dar.
O linho por ser ouro não é grande tesouro.
O linho, quem o alisa, esse o fia.
O lobo com fome cardos come.
O lobo e a golpelha ambos são de um conselho.
O lobo e a golpelha fizeram uma conselha.
O lobo e a raposa ambos são de um conselho.
O lobo está na fábula.
O lobo faminto não tem assento.
O lobo muda o pelo, mas não o vezo.
O lobo perde o pelo, mas não perde o vício.
O lobo perde os dentes, mas não o costume.
O lobo perde os dentes, mas não o costume de morder.
O lobo sem dentes se faz ermitão.
O lombo da gente é correia da pele.
O lombo da gente é fiador da língua.
O longo uso dos anos se converte em natureza.
O louco pela pena é cordo.
O louvor em boca própria é vitupério.
O lugar de um dia perdido nunca mais é preenchido.
O lume ao pé da estopa, vem o diabo e sopra.
O luxo irrita a inveja, sem atrair o respeito.
O luxo que faz viver cem pobres, faz morrer cem mil.
O macaco é bonito veado aos olhos de sua mãe.
O macaco não olha para o rabo.
O macaco ri-se do rabo da cutia e não vê o seu.
O macaco ri-se do rabo da cutia, mas não vê o seu.
O macaco vê o rabo da cutia e não vê o seu.
O maior carvalho saiu duma bolota.
O maior castigo da injúria é havê-la feito.
O maior dos abusos é respeitá-los.
O maior peixe é o que escapa do anzol.
O mais amigo, prega-o.
O mais difícil é começar.
O mais difícil é o primeiro passo.
O mais importante na vida não é a situação em que estamos, mas para onde nos movemos.
O mais lembrado, o mais esquecido.
O mais perigoso dos doces que se pode comer é o bolo de casamento.
O mais prudente convence o mais valente.
O mais prudente é o que cede.
O mais recomendado, leva-o o gato.
O mais ruim do lugar mais porfia no falar.
O mais ruim do lugar porfia mais por falar.
O mais sagrado dom da mulher é a virtude.
O mais seguro dos asilos é um gabinete de estudo.
O mais seguro golpe erra caminho.
O mais seguro meio de nos enganarmos é o de nos julgarmos infalíveis.
O mal adquirido é mal luzido.
O mal adquirido não chega a netos.
O mal-agradecido não é bem nascido.
O mal alheio dá conselho.
O mal alheio pesa como um cabelo, por grande que seja.
O mal de muitos meu conforto é.
O mal de muitos meu consolo é.
O mal de nossos avós, fizeram-no eles, pagamo-lo nós.
O mal descoberto descobre a saúde.
O mal desconhecido é o mais temido.
O mal do cornudo, ele não o sabe, e sabe-o todo o mundo.
O mal do meu burrinho ensina o meu vizinho.
O mal do olho coça-se com o cotovelo.
O mal do olho cura-se com o cotovelo.
O mal dos meus burricos é que me fez alveitar.
O mal dos outros é consolo de parvos.
O mal e o bem à cara vêm.
O mal e o bem à face vêm.
O mal engendra o mal.
O mal entra às braçadas e sai às polegadas.
O mal entra às braças e sai às polegadas.
O mal está na raiz.
O mal está nos olhos de quem o vê.
O mal fechado, mal guardado.
O mal ganhado, leva-o o diabo.
O mal ganhado o diabo leva.
O mal informado mete marcha no mundo.
O mal não se deve vencer com o mal.
O mal não tarda a quem, prevenido, não se guarda.
O mal que da tua boca sai, em teu peito cai.
O mal que da tua boca sai, em teu seio cai.
O mal que faz o lobo, apraz ao corvo.
O mal que não se pode remediar, aligeira-o a paciência.
O mal que não tem cura é a loucura.
O mal tem asas, e o bem anda com passo de tartaruga.
O mal vem a cavalo e vai a pé.
O mal vem às braçadas e sai às polegadas.
O mal voa, e o bem soa.
O malfeito é da conta de todo mundo.
O manso boi touro foi.
O mar não está para peixe.
O mar, que é mar, não está sempre cheio.
O mar, que é mar, nem sempre dá; hoje não há, amanhã haverá.
O mar se parte, se em regatos se reparte.
O mar também ronca, e eu mijo nele.
O mar tem mistérios, e mistérios de Deus.
O marido barca e a mulher arca.
O marido e o linho, não é escolhido.
O marido é sempre o último a saber.
O marido enganado é o último a saber.
O mau ano tem os dias longos.
O mau ao bom enoja, que ao mau não ousa.
O mau artífice queixa-se da ferramenta.
O mau cobrador faz o mau pagador.
O mau costume melhor se corrige hoje que amanhã.
O mau costume tarde se perde.
O mau crê nas maldades, e o bom, nas virtudes.
O mau é réu que não para o céu.
O mau exemplo pega como sarampo em berçário.
O mau operário queixa-se da ferramenta.
O mau por todo preço é caro.
O mau sempre cuida em enganos.
O mau som dana a cantiga.
O mau vizinho vê o que entra, mas não vê o que sai.
O mau zelo empeçonhenta o entendimento.
O médico dá o remédio, a natureza cura.
O médico deve ser prudente, o enfermo paciente, e o criado diligente.
O medo aumenta o perigo.
O medo dá asas.
O medo da guerra é a maior garantia da paz.
O medo é do tamanho que se quer.
O medo é mau companheiro.
O medo é o pai da crença.
O medo é que guarda a vinha, e não o cão.
O medo é quem guarda a vinha.
O medo faz ainda mais tiranos que a ambição.
O medo guarda a vinha, e não o vinhateiro.
O medo guarda a vinha, e não o vinheiro.
O medo guarda a vinha, que não o dinheiro.
O medo mete a lebre a caminho.
O medo põe asas nos pés.
O medo segue quem mal vive.
O medroso até da sombra tem medo.
O mel é pouco e os lambedores muitos.
O mel não é para a boca do asno.
O melão e a mulher conhecem-se pelo rabo.
O melão e a mulher maus são de conhecer.
O melão e a mulher pelo rabo se hão de conhecer.
O melão e a mulher ruins são de conhecer.
O melão e o queijo, tomá-los a peso.
O melhor amigo é o dinheiro.
O melhor bocado é o furtado.
O melhor burro precisa de duas esporas.
O melhor caju é do porco.
O melhor cavalo já encheu barriga de urubu.
O melhor da festa é esperar por ela.
O melhor da missa é chegar no fim.
O melhor das cartas é não se pegar nelas.
O melhor das cartas é não jogar.
O melhor dos dados é não jogá-los.
O melhor é inimigo do bom.
O melhor espelho é o amigo velho.
O melhor lance de dados é não jogá-los.
O melhor médico é o que se procura e não se encontra.
O melhor meio de ganhar é poupar.
O melhor modo de chegar a ser rico é ser pobre nos desejos.
O melhor nadador se afoga.
O melhor penso do cavalo é o penso do seu dono.
O melhor prejudica o bom.
O melhor tempero é a fome.
O menino e o cachorrinho vão para onde lhes fazem o ninho.
O menino e o escaravelho, a sua mãe parecem de ouro.
O menino e o escaravelho, a sua mãe parecem espelho.
O menino e o passarinho vão para onde lhes fazem o ninho.
O menino é o pai do homem.
O menino engorda para crescer, e o velho para morrer.
O mentir exige memória.
O mentir não paga sisa.
O mentir quer memória.
O mentir vem do pouco ver e do muito ouvir.
O mentiroso larga a honra a pouco preço.
O mesmo canivete me corta pão e dedo.
O mesmo é negar que tarde dar.
O mesmo risco que corre o pau, corre o machado.
O mesmo sapato não serve em todos os pés.
O meu criado criado tem, quando eu o mando, manda ele também.
O meu dinheiro, que é manso, não o quero fazer bravo.
O meu é meu; o teu é nosso.
O meu é que me dá de comer.
O meu quinhão a dinheiro.
O milagre é acreditar nele.
O milho plantado tarde dá pendão, não dá espiga.
O milho plantado tarde não dá palha, nem espiga.
O milho plantado tarde não pode dar boa espiga.
O milho sachado tarde não dá palha nem espiga.
O mimo desensina.
O mimo lança a perder os filhos.
O mimo perde os filhos.
O mimo põe a perder os filhos.
O moço de bom juízo, quando velho, é adivinho.
O moço dormindo sara, e o velho se acaba.
O moço e o amigo, nem pobre, nem rico.
O moço malcriado do seu muito fala e perguntado cala.
O moço malcriado do seu muito fala, e, sendo perguntado, cala.
O moço oficial faça o que lhe mandam, e não fará mal.
O moço pode morrer; o velho não pode viver.
O moço por não querer e o velho por não poder deixam as coisas perder.
O moço por não saber e o velho por não poder deitam as coisas a perder.
O moço por não saber e o velho por não poder deixam as coisas perder.
O moço preguiçoso, para não dar uma passada, dá oito.
O moço preguiçoso, por não dar uma passada, dá oito.
O moço que não é castigado, nem será cortesão nem letrado.
O modo a tempo vence mais que a porfia.
O moinho faz-se para moer.
O momento foge como um relâmpago.