PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS
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O momento que passa é gota de vida que não volta a cair.
O mono imita a seu dono.
O montanhês, para defender uma tolice, dirá três.
O montanhês, por defender uma parvoíce, dirá três.
O morto à cova e o vivo à fogaça.
O morto apodrece, e o moço cresce.
O movimento se demonstra andando.
O muito dinheiro fará teu filho cavalheiro.
O muito é inimigo do bem.
O muito é muito.
O muito escusar-se equivale a acusar-se.
O muito fiar dos homens e o pouco fiar das mulheres deitam a casa a perder.
O muito mal se pode dizer em pouco.
O muito mimo perde os filhos.
O muito não se ajunta com bom ganho.
O muito puxar desata.
O muito riso é sinal de pouco siso.
O muito se gasta, e o pouco abasta.
O muito se gasta, e o pouco basta.
O muito torna-se pouco ao se desejar um pouco mais.
O mundo dá mais voltas do que cobra em areia quente.
O mundo dá muitas voltas.
O mundo dá muitas voltas, e numa delas eu entro.
O mundo é dos espertos.
O mundo é dos mais espertos.
O mundo é dos ousados.
O mundo é pequeno.
O mundo é um livro, mas aqueles que não viajam lêem apenas uma página.
O mundo é um teatro e o homem é a marionete.
O mundo é uma bola, quem anda nele é que se amola.
O mundo é uma bola, tanto anda como desanda.
O mundo é uma escadaria, sobem uns descem outros.
O mundo é usado para o velho, e o velho é usado para o mundo.
O mundo fala de tudo.
O mundo, não o fez Deus num dia.
O mundo não vale o meu lar.
O mundo nos vê, Deus é que nos conhece, ninguém é como parece.
O mundo paga com ingratidão.
O mundo, para ser bom, precisa-se fazer outro.
O nabo e o peixe debaixo da geada crescem.
O nada com Deus é tudo, e tudo sem Deus é nada.
O nada, fazê-lo em casa.
O "não" é melhor que o digam as leis que os reis.
O "não" é melhor que o digam leis que reis.
O nascimento desiguala, a morte iguala a todos.
O nascimento desiguala muitos, a morte iguala todos.
O necessário deleita, o desnecessário atormenta.
O necessário deleita, o desnecessário atormenta e não se agüenta.
O negócio está em caminho.
O néscio aprende à sua custa.
O néscio está bem em toda a parte, o sábio nunca melhor que no retiro e solidão.
O néscio faz no fim o que o avisado faz no princípio.
O néscio, se anda, é porque vê os outros andarem.
O nogal e o vilão às pancadas dão.
O noivado vai a cavalo, e o arrependimento à garupa.
O noivado vai na sela, e o arrependimento, na garupa.
O nosso alcaide nunca dá passada debalde.
O nosso alcaide nunca dá passo debalde.
O novilho das minhas vacas e o mancebo das minhas bragas.
O novo apraz, e o velho satisfaz.
O número dos tolos é infinito.
O ódio, como o amor, é cego.
O ódio impotente vinga-se pela maledicência.
O ódio, querendo ferir os outros, fere-se.
O oficial tem ofício e al.
O ofício de albardeiro mete palha e tira dinheiro.
O ofício faz o homem.
O olho do amo engorda o cavalo.
O olho do dono é que engorda o cavalo.
O olho do dono engorda o cavalo.
O olho do dono engorda o gado.
O olho do dono faz mais que as duas mãos.
O olho do dono trabalha mais que as mãos.
O olho no gabão e o tento nela.
O opulento, de primos, tem mais de cento.
O ordenado no céu por força se há de cumprir na terra.
O orgulho almoça com a fartura, janta com a pobreza e ceia com a vergonha.
O orgulho nos eleva, para nos precipitar de mais alto.
O ótimo é inimigo do bom.
O ouro, a donzela e a teia, à candeia.
O ouro, ao pobre, se transforma em cobre.
O ouro conhece-se pelo fogo, e o homem pelo ouro.
O ouro é um metal precioso, alcunhado de vil pelos que não o possuem.
O ouro luz e a virtude reluz.
O ouro prova-se no fogo.
O ovo de hoje vale mais que a galinha de amanhã.
O ovo do pobre é goro.
O ovo do pobre é sempre goro.
O padre ganha-o a cantar.
O padre, onde canta, aí janta.
O pai guarda, o filho bota fora, o neto pede esmola.
O país do amor não tem fronteiras.
O país que é sobrecarregado de impostos, finda por não os pagar.
O palreiro agudo faz seu amigo mudo.
O palreiro é vasilha sem fundo.
O pano que desça, a comédia acabou!
O pão comido e a companhia desfeita.
O pão de amanhã pertence a Deus.
O pão do pobre cai sempre com a manteiga para o lado de baixo.
O pão do pobre só cai com a manteiga para baixo.
O pão furtado aguça o apetite.
O pão pela cor e o vinho pelo sabor.
O pão põe a força, e não outra coisa.
O pão puxa, que não a muita erva.
O pão só vai ao chão do lado da manteiga.
O papel aceita tudo.
O parto da montanha.
O parvo calado pouco dista do ajuizado.
O papel aceita tudo, e não cora.
O papel agüenta tudo.
O papel tudo aceita.
O parvo aprende à sua custa.
O parvo calado por douto é reputado.
O parvo calado por sábio é reputado.
O parvo calado pouco dista do avisado.
O parvo sabe à sua custa.
O parvo, se é calado, por sábio é reputado.
O passado dá saudades, o presente, dissabores, e o futuro, receios.
O passado não perdoa, mas o presente nos fortalecerá.
O passado, passado.
O passarinho ama o seu ninho.
O pássaro madrugador é quem pega minhoca.
O pato pela mão do escasso.
O pau entorta no cu do rico e quebra no do pobre.
O pau mais forte não é o que dá a casca mais depressa.
O pau que dá em Chico dá em Francisco.
O pau se conhece pela casca.
O pé do candeeiro é o pior iluminado.
O pé do dono aduba o terreno.
O pé do dono é o estrume da herdade.
O pé do dono estruma o campo.
O pé do dono estruma o roçado.
O peixe começa a feder pela cabeça.
O peixe deve nadar três vezes: em água, em molho e em vinho.
O peixe e o cochino, a vida em água e a morte em vinho.
O peixe é para o fundo das redes; segredo é para quatro paredes.
O peixe graúdo come o miúdo.
O peixe morre pela boca.
O peixe que foge do anzol parece sempre maior.
O pelo muda a raposa, mas do natural não a despoja.
O pelo muda a raposa, mas o natural não despoja.
O pensamento é livre.
O pensamento é mais persuasivo que o espírito.
O pensamento não paga imposto.
O pensamento não tem amarras.
O pensamento voa.
O perdão é a melhor vingança.
O perdão é divino.
O perdão faz o ladrão.
O perder não faz bom cabelo.
O perigo e o medo não escutam exortação.
O perigo não conhece amigos.
O perro do hortelão nem come as versas nem as deixa comer.
O pescador apressado perde o pescado.
O pessimista só vê o sol como fazedor de sombras.
O pintar como o querer.
O pinto já sai do ovo com a pinta que o galo tem.
O pinto "piu", minha boca "chiu".
O pinto quer ensinar à galinha.
O pior cego é o que não quer ver.
O pior de esfolar é o rabo.
O pior do pleito é que de um nascem cento.
O pior inimigo da ciência é a ignorância.
O pior marido é o enfastiado.
O pior porco come a melhor bolota.
O pior porco come a melhor lande.
O pior surdo é o que não quer ouvir.
O plantio é opcional; a colheita é obrigatória.
O pobre é como limão: nasceu para ser espremido.
O pobre e o cardeal, todos dão por um igual.
O pobre e o moinho, andando, ganham.
O pobre não tem parente.
O pobre nem quieto nem calado.
O pobre nunca em amores fez bom feito.
O pobre preguiçoso murmura do rico laborioso.
O pobre sem ambição é dono de si mesmo.
O pobre sem ambição possui o melhor dos tesouros.
O pobre só vive de teimoso que é.
O pobre vive de teimoso.
O poder corrompe.
O poder de Deus é grande, porém o mato é maior.
O poder mostra o que o homem é.
O poderoso deve somente usar do poder da razão.
O poeta nasce, o orador se faz.
O porco depois de comer vira a pia.
O porco sabe o pau em que se coça.
O pouco basta ao sábio, muito menos ao santo.
O pouco basta, e o muito se gasta.
O pouco com Deus é muito.
O pouco com Deus é muito, o muito sem Deus é nada.
O pouco espanta, e o muito amansa.
O pouco falar é ouro, o muito é lodo.
O pouco, por uso e tempo, faz-se muito.
O pouco, repetido, faz muito.
O poupar é na boca do saco.
O povo aumenta, mas não inventa.
O povo é um tirano com muitas cabeças.
O povo tem o governo que merece.
O prato não é para quem o faz, mas para quem o come.
O prato não é para quem o faz, mas para quem o merece.
O prazer corre atrás dos que dele fogem.
O prazer está perto da dor.
O prazer vai a cavalo e leva a pena à garupa.
O precisar ensina a rezar.
O preço da virtude é ela mesma.
O preguiçoso anda duas vezes o caminho.
O preguiçoso de noite se aguça.
O preguiçoso é irmão do mendigo.
O preguiçoso é sempre pobre.
O preguiçoso não trabalhou por causa do frio; mendigará no verão, e ver-se-á vazio.
O preguiçoso, para não dar um passo, dá oito.
O preguiçoso sempre é pobre.
O preguiçoso trabalha mais que o trabalhador.
O prêmio da virtude é ela mesma.
O presente é o melhor julgador do passado.
O preso também se solta.
O preto no branco fala como gente.
O prevenido procede seguro.
O primeiro amor nunca se esquece.
O primeiro erro é endividar-se, o segundo é faltar a verdade.
O primeiro erro merece perdão.
O primeiro milho é dos pardais.
O primeiro milho é dos pássaros.
O primeiro milho é dos pintos.
O primeiro milho é para os pardais.
O primeiro passo é o que mais custa.
O primeiro passo é que custa.
O primeiro passo para o bem é a abstinência do mal.
O primeiro pecado vence a vergonha, o segundo a dissimula, o terceiro a perde.
O primeiro que chega ao mercado é o primeiro que vende.