PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS

Indice  Bibliografia  O1  O2  O3  O4  O5  O6  O7  O8  O9  O10

Página dos Provérbios

O10

Orvalho não enche poço.

Os ambiciosos e os lacaios vestem, indiferentemente, todas as librés.

Os ameaçados pão comem.

Os amigos conhecem-se na adversidade.

Os amigos conhecem-se nas ocasiões.

Os amigos e os caminhos, se não se freqüentam, ganham espinhos.

Os amigos novos metem no canto os velhos.

Os amigos são para as ocasiões.

Os amores novos fazem esquecer os velhos.

Os anos dão experiência.

Os atos valem mais que as palavras.

Os ausentes são assassinados a golpes de língua.

Os ausentes sempre têm culpa.

Os benefícios acompanhados de censura sabem a vinagre.

Os benefícios fazem amigos; a verdade, inimigos.

Os benefícios mal colocados são aos malefícios equiparados.

Os benefícios são um fogo que não aquece senão de perto.

Os bens do sacristão cantando vêm, chorando vão.

Os bens mal adquiridos não chegam aos netos.

Os bons amos fazem os bons criados.

Os bons conselhos são sempre amargos.

Os bons e as nuvens só recebem para dar.

Os bons perfumes e os piores venenos estão nos pequenos frascos.

Os bons sabem bondades, e os maus, malícias.

Os bons tremem, quando os maus não temem.

Os bravos não conhecem calendário.

Os cães ladram, a caravana passa.

Os cães ladram e a caravana passa.

Os cães ladram, mas a caravana passa.

Os caminhos do Senhor são impenetráveis.

Os cargos eminentes tornam os grandes homens ainda maiores, e os pequenos, ainda menores.

Os cegos por ambição ainda vêem menos que os cegos por nascimento.

Os costumes da casa um dia vão à praça.

Os costumes são obra das leis; a felicidade, a dos costumes.

Os credores têm melhor memória que os devedores.

Os dados estão lançados.

Os dedos da mão não são iguais.

Os dedos da mão são irmãos, mas não são iguais.

Os dedos das mãos não são iguais.

Os desgraçados é que sabem avaliar os amigos.

Os desígnios de Deus são impenetráveis.

Os dias bons de janeiro enganam o homem em fevereiro.

Os dias são do mesmo tamanho, mas não se parecem.

Os doidos fazem a festa; os avisados a gozam.

Os doidos fazem a festa; os sisudos gostam dela.

Os doidos inventam as modas, e o povo as segue.

Os duros feitos com brandos rogos se vencem.

Os erros de uns são lições de outros.

Os erros do médico, a terra os cobre.

Os erros sempre podem ser corrigidos.

Os estudos da mocidade fazem o consolo da velhice.

Os extremos se atraem.

Os extremos se encontram.

Os extremos se tocam.

Os filhos da Candinha tudo sabem.

Os filhos de minha filha meus netos são, os de meu filho sê-lo-ão ou não.

Os filhos dizem ao soalheiro o que ouvem ao fumeiro.

Os filhos dizem ao soalheiro o que ouvem aos pais ao fumeiro.

Os filhos do ferreiro não têm medo de fagulhas.

Os filhos nunca cheiram mal aos pais.

Os filhos são a riqueza do pobre.

Os fins justificam os meios.

Os fins não justificam os meios.

Os garotos só atiram pedras às árvores que dão frutos.

Os gênios se atraem.

Os grandes benefícios fazem os grandes ingratos.

Os grandes cães nunca mordem.

Os grandes fazem sem dinheiro o que os pequenos não podem fazer com ele.

Os grandes homens não o são nem em todos os casos, nem em todos os momentos.

Os grandes homens parecem muito maiores de longe que de perto.

Os grandes ladrões enforcam os pequenos.

Os grandes males nascem dos extremos.

Os grandes navios podem tentar o mar alto; os pequenos barcos não devem afastar-se muito da praia.

Os grandes peixes devoram os pequenos.

Os grandes pensamentos vêm do coração.

Os grandes rios fazem-se de pequenos ribeiros.

Os grandes venenos estão nos pequenos frascos.

Os homens conhecem-se pelas palavras, e os bois pelos cornos.

Os homens desejam para si a justiça que recompensa e para os outros, a justiça que castiga.

Os homens ensinam a temer a Deus; a natureza, a amá-lo e admirá-lo.

Os homens entendem-se pelas palavras, e os burros, aos coices.

Os homens faltam mais vezes às ocasiões, que as ocasiões aos homens.

Os homens fazem as leis; as mulheres, os costumes.

Os homens fazem o almanaque, e Deus manda o tempo.

Os homens fazem projetos, e Deus dispõe dos acontecimentos.

Os homens formam os projetos, e Deus dispõe os acontecimentos.

Os homens inteligentes mudam de opinião, os burros, não.

Os homens mudam de opinião como de estado ou condição.

Os homens não se medem aos palmos.

Os homens nem sempre estão de boa venta.

Os homens queremos ver, que os vestidos são de lã.

Os homens são como os alcatruzes da nora: para uns ficarem cheios, ficam outros vazios.

Os homens são tão avaros de louvores como pródigos de lisonja.

Os homens são uns gemas, outros seixos.

Os homens se conhecem na adversidade.

Os homens se encontram, e não os montes.

Os homens sobem por ambição e por ela vêm ao chão.

Os ignorantes, charlatães e pedantes fogem dos sábios como os animais noturnos do fogo.

Os ignorantes costumam condenar tudo aquilo que ignoram.

Os importunos são como as moscas, que enxotadas, revertem.

Os inábeis reformadores são verdadeiros destruidores.

Os incomodados que se mudem.

Os incomodados que se retirem.

Os indiscretos são algumas vezes mais perigosos que os maus.

Os interesses particulares fazem mui facilmente esquecer o interesse público.

Os invejosos sentem mais os bens alheios que os males próprios.

Os invejosos têm um no papo, outro no saco, e choram pelo que está no prato.

Os jornalistas vivem de folhas, mas não produzem seda como as lagartas.

Os leões não se entretêm a caçar pardais.

Os livros não ensinam tudo.

Os livros são medicina do esquecimento.

Os loucos dão os banquetes, os avisados comem-nos.

Os loucos dão os banquetes, os prudentes os aceitam.

Os louvores extorquidos são brevemente desmentidos.

Os louvores são sátiras, quando não são sinceros.

Os maiores danos vêm de nós mesmos.

Os maiores detratores dos governos são os que pretendem governar.

Os maiores inimigos do saber são os ignorantes.

Os maiores males vêm do abuso dos maiores bens.

Os maiores não são os mais sábios.

Os mais hábeis cometem faltas.

Os mais sábios dissimulam, os menos falam e escrevem.

Os males chegam aos quilos e vão às gramas.

Os males do meu burrinho me fizeram alveitar.

Os males não vêm rogados.

Os males ocultos e os inimigos secretos são os mais perigosos.

Os males públicos são ordinariamente causados por homens que se lançam na vida pública para satisfação de interesses privados.

Os maltratados serão condenados.

Os mares mais calmos são os mais profundos.

Os maus costumes e a emperrada, quer-se quebrada.

Os maus hábitos são serpentes que nós trazemos no peito.

Os médicos enterram seus enganos.

Os melhores perfumes estão em pequenos frascos.

Os meninos e os loucos dizem as verdades.

Os mentirosos têm patente de invenção que não compete aos que falam verdade.

Os meus mais fiéis parentes são os meus dentes, e os mais leais são os queixais.

Os mortos abrem os olhos aos vivos.

Os mortos aos vivos abrem os olhos.

Os mortos não fazem mal a ninguém.

Os mortos não voltam mais.

Os netos pagam as culpas dos avós.

Os números ímpares agradam aos deuses.

Os olhos da namorada têm luz mais viva que o sol.

Os olhos do dono engordam o cavalo.

Os olhos e os anos não medem da mesma maneira.

Os olhos e os anos não medem de uma maneira.

Os olhos merecem mais fé que os ouvidos.

Os olhos não comem sopa.

Os olhos são o espelho da alma.

Os ouvidos são mais infiéis que os olhos.

Os ovos e as juras são para quebrar.

Os pais comem o figos e aos filhos rebentam os beiços.

Os pássaros da mesma plumagem voam juntos.

Os paus, uns nasceram para santos, outros, para tamancos.

Os pecados de nossos avós, fizeram eles e pagamos nós.

Os peixes grandes comem os pequenos.

Os peixes não vêem a água.

Os peixes são para nadar, e as toupeiras para minar.

Os pequenos prazeres são sempre os melhores.

Os pequenos presentes fortalecem a amizade.

Os perdidos são os mais aproveitados.

Os pés lá vão onde quer o coração.

Os pobres têm tempo.

Os poetas nascem feitos, os oradores são feitos.

Os prantos dos herdeiros são muitas vezes risos disfarçados.

Os prazeres são como os alimentos: os mais simples são os que menos enfastiam.

Os problemas que mais fáceis se nos apresentam ao espírito, são muitas vezes os mais difíceis de resolver.

Os provérbios não mentem.

Os que dão conselhos certos aos vivos, são os mortos.

Os que falam com os olhos fechados, querem ver os outros enganados.

Os que fazem a lei devem ser os primeiros a cumpri-la.

Os que menos sabem governar-se são quase sempre os que mais ambicionam governar os povos.

Os que se conhecem, de longe se saúdam.

Os ratos são os primeiros a abandonar o navio.

Os reis abrangem muito com o seu poder.

Os reis nunca morrem.

Os reis têm braços compridos.

Os ricos têm parentes.

Os rios correm para o mar.

Os rios correm sempre para o mar.

Os sábios dizem livros; os salsicheiros dizem porcos.

Os segundos pensamentos são sempre os melhores.

Os sentimentos da alma, traz escrito na palma.

Os sinos de Santo Antônio por dar dão.

Os soldados lutam, e os reis são os heróis.

Os sonhos dos gatos passam-se sempre na cozinha.

Os tempos andam bicudos.

Os tempos mais felizes são os mais fugitivos.

Os tempos não são iguais.

Os tiranos fazem os rebeldes.

Os tiranos são os primeiros escravos da tirania.

Os tolos crescem sem ser regados.

Os tolos e os teimosos enriquecem os advogados.

Os tolos fazem a festa, e os sisudos a gozam.

Os tolos sofrem muito menos do que se pensa.

Os tolos vão ao mercado, cada qual com seu asno.

Os trabalhos são para os homens.

Os três perigos da alma: mundo, diabo e carne.

Os últimos serão os primeiros.

Os valentes e o bom vinho se acabam logo.

Os velhacos lidam muito, porém lucram pouco.

Os velhos andam com os dentes, e os mancebos, com os pés.

Osso de assuã, beiço untado, barriga vã.

Osso que acabes de comer, não o tornes a roer.

Ou bebê-lo, ou vertê-lo.

Ou bem lido, ou bem corrido.

Ou bem que somos, ou bem que não somos.

Ou bem se vende o porco, ou se come a lingüiça.

Ou bem tudo, ou bem nada.

Ou cantar, ou dançar, ou fora da eira.

Ou comer com trombetas, ou morrer enforcado.

Ou cova ou dente, ou frade ou mercador.

Ou é doido ou privado quem chama apressurado.

Ou é lobo ou rã, ou feixe de lenha ou arméu de lã.

Ou é tolo ou rã, ou feixe de lenha ou arméu de lã.

Ou falar menos, ou fazer mais.

Ou magro ou gordo, aqui está o peixe todo.

Ou me hás de dar o potro, ou te hei de matar a égua.

Ou morrerá o asno, ou quem o tanger.

Ou oito, ou oitenta.

Ou para o homem, ou para o cão, leva a tua espada na mão.

Ou preto ou branco, ou rei ou peão.

Ou todos comem, ou haja moralidade.

Ou tudo ou nada.

Ou tudo ou nada, mulher do diabo.

Ou vai, ou racha.

Ou vai, ou racha, ou arrebenta a tampa da caixa.

Ouro adquirido, sono perdido.

Ouro é bom calar; prata é bom falar.

Ouro é o que ouro vale.

Ouro é o que vale ouro.

Ouro para o cão, mentira para a mulher.

Ouro velho, vinho velho, amigo velho; casa nova, navio novo, vestido novo.

Outono, ou seca as fontes, ou salta as pontes.

Outro galo me cantaria.

Outros tempos, outros costumes.

Ouve cantar o galo e não sabe onde.

Ouvir, ver e calar, custosas coisas são de obrar.

Ouviu cantar o galo, mas não sabe onde.

Ouve cem vezes e fala uma só.

Ouve e cala, viverás vida folgada.

Ouve muito e fala pouco.

Ouve primeiro e fala derradeiro.

Ouve um som apenas, quem ouve um sino só.

Ouve, vê e cala, viverás vida folgada.

Ouvi primeiro e falai derradeiro.

Ouvir cantar o galo e não saber donde.

Ouvir maus é criar maldades.

Ouvir missa não gasta tempo, dar esmola não empobrece.

Ovelha cornuda e vaca barriguda, não troques por nenhuma.

Ovelha de casta pasce de graça e o filho da casa.

Ovelha de casta, pasto de graça e o filho da casa.

Ovelha farta do rabo se espanta.

Ovelha gafeira deseja gafeirar um cento.

Ovelha gafeirosa deseja gafeirar um cento.

Ovelha prometida não diminui o rebanho.

Ovelha prometida não diminui rebanho.

Ovelha que bale, perde o bocado.

Ovelha que barrega, perde o bocado.

Ovelha que berra, bocado perde.

Ovelha que berra, bocado que perde.

Ovelha que berra bocados perde.

Ovelha que é do lobo, Santo Antônio não guarda.

Ovelha ruim tolhe as outras.

Ovelhas bobas, por onde vai uma vão todas.

Ovelhas não são para o mato.

Ovelhas não se fazem para o mato.

Ovelhinha mansa mama na sua teta e na do vizinho.

Ovo assado, meio ovo; ovo cozido, ovo inteiro; ovo frito, ovo e meio.

Ovo brando, comer embaraçado.

Ovo cozido, ovo perdido.

Ovo de cobra não gora.

Ovo de uma hora, pão de um dia, vinho de um ano, mulher de vinte, amigo de trinta e deitarás boa conta.

Ovo gabado, ovo gorado.

Ovo, jura e jejum nasceram para se quebrar.

Ovo sem sal não faz bem nem mal.

Ovos e juras são feitos para quebrar.

Ovos e juras são para quebrar.

G